Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



terça-feira, 28 de junho de 2016

Por que fragmentamos a vida?

Temos a tendência de fragmentar a vida toda. Parece que tudo pode ser dividido, separado, afastado. 

Parece que um ponto não está ligado ao outro. Tendemos a separar as palavras do texto. 

O nosso esforço é para deletarmos algumas experiências como se elas não mais dialogassem com a nossa realidade.

Não é assim que fazemos com o Domingo, o Templo, o Pastor e o Culto? Não é assim que fazemos com o Ministério Eclesiástico e Missionário? Não é assim que fazemos como a própria Palavra? 

Separamos tudo isso da vida comum. Tudo o que se refere a Igreja é santo, o resto é profano, ou ao menos humano, e um humano esvaziado do divino. 

Deus nunca pensou assim. A Palavra nunca foi-nos dada para sermos extra-terrestres. A Igreja não existe para desumanizar. 

O Domingo não é um Dia do Senhor, muito menos o Dia do Senhor (sem diminuir a teologia Puritana). Quem serve ao Senhor apenas num chamado dia dEle, tende a viver para si mesmo nos outros dias.

Todos os dias e tudo o que fazemos é para o Senhor. Não foi essa a teologia paulina aos Coríntios quando eles estavam considerando profano, aquilo que para o Senhor pode ser santo também? 

"Seja comida, seja bebida, seja o que for, precisa ser para a glória do Senhor." (1 Co. 10.31)

Quem é o ungido do Senhor? Todos nós o somos. Respeitamos os pastores que estão sobre nós, mas também entendemos como a Reforma Protestante defendeu sobre o Sacerdócio Universal dos Crentes. 

E sobre o Culto e o Templo? Não queremos diminuir a sua importância e o seu bom lugar em nossas vidas. Mas, templo somos nós mesmos. Nós somos o lugar santo de Deus (1 Co. 6.19). Santidade convém ao lugar onde cultuamos juntos e em qualquer outro lugar, bem como a nossa vida é o altar de culto contínuo ao Senhor. 

O que quero com isso? 

Que sejamos livres para honrar o domingo bem como todos outros dias, cada qual em seu propósito. 

Que sejamos livres para honrar os pastores e líderes, bem como todos os outros servos do Senhor, cada qual dentro do seu propósito. 

Que sejamos livres para cultuarmos ao Senhor e cultivarmos o culto coletivo, mas cada qual na dimensão que precisa ser vivido. 

Vivamos para a glória de Deus. A vida toda. Tudo o que vivemos. 

Não entendeu ainda? 

Vou ao culto coletivo, jogo futebol, faço caminhada, leio a Bíblia, namoro, brinco com os meus filhos, tomo minhas refeições, uso o celular, viajo, prego, leio outras literaturas etc. Tudo, tudo, tudo... para a glória de Deus, e com o mesmo peso de responsabilidade na minha consciência, e com a leveza da mesma gratidão. 

Nem sempre você precisa ficar na encruzilhada. Que seja tudo para a glória de Deus.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Cadê o dinheiro que tava aqui?

"Cadê o dinheiro que tava aqui?" Esse é o nome de um quadro do Programa de TV, Fantástico. Ele expõe a vida de corruptos que esbanjam o dinheiro público com coisas pessoais. 

E se nós fizéssemos um quadro desse, com o dinheiro do Reino de Deus? Como seria? Quem seria o personagem? Podemos propor uma cena? 

O Senhor da Igreja olha para um missionário no campo, e decidi enviá-lhe uma provisão especial naquele mês. E justo aquele mesmo alguém, que seria o instrumento dEle, para abençoar aquele missionário, decidiu não repartir o pão cuja parte seria do outro. O que vai acontecer? 

Seria Deus infiel com o missionário? De maneira nenhuma. Ele enviou o recurso, mas foi usado por alguém, e fora do propósito.

"Cadê o dinheiro que tava aqui?"

Não acontece o mesmo, quando o Senhor da Igreja, usa muitas pessoas e envia muitas outras provisões, mas os líderes distorcem o propósito, e usam com fins levianos? Como assim? O investimento em cimento, negligenciando missões. Ou o investimento em missões, sem critérios.

"Cadê o dinheiro que tava aqui?"

O livro do profeta Ageu ajuda-nos a compreender essa realidade. O povo estava investindo em suas próprias casas o dinheiro que deveria ser investido na re-construção do templo. 

"Cadê o dinheiro que tava aqui?"

Será que não acontece o mesmo em outros investimentos? Vale a pena viajar, com o dinheiro que não é seu? Vale a pena promover festas e banquetes, com o dinheiro que não é seu? Vale a pena andar de carro novo, com o dinheiro que não é seu? Vale a pena morar melhor com o dinheiro que não é seu? 

"Cadê o dinheiro que tava aqui?"

Enfim, todas as bênçãos de Deus devem ser desfrutadas e investidas, conforme a Sua vontade. Temos direito de viajar, morar melhor, jantar fora, mas também o podem aqueles que a tudo renunciaram. 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Eu vi uma CRUZ e uma ESPADA!

Hoje eu ajoelhei-me para agradecer por tanta coisa e tanta gente boa que me cerca. Tantas oportunidades. É graça sobre graça.

Fiz isso exposto aos raios de sol, por causa do frio. E então aquela claridade forte e gostosa, nos meus olhos fechados, provocou-me uma visão. 

Sim. Eu sei que foi o efeito do sol nas minhas pálpebras, mas o que importa é o que vi: um formato de Cruz e ela, aos poucos, foi-se tomando forma de uma Espada. 

Daí lembrei de que tudo o que tenho, o que sou, eu devo a Cruz de Cristo e a sua Palavra, que é a Espada do Espírito (Ef. 6.17). 

A Cruz de Cristo e a Espada do Espírito é que dão sentido a nossa vida, e ao nosso ministério. 

Espero que essa "visão" seja também o seu norte e o seu reconhecimento. 

Que você não fique entre a Cruz e a Espada, mas assuma-a, uma e outra, como significado de sua existência.