Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O Evangelho é contraditório?

O Evangelho é contraditório porque não segue o fluxo natural do homem, bem como o homem não segue o fluxo natural, ou espiritual, do Evangelho. 

É por isso que não entendemos coisas assim:

"Mais bem-aventurado é dar que receber..."

"Dai e dar-se-vos-á..."


"Aquele que perder a sua vida irá ganhá-la..."


"Aqueles que dormem em Cristo ressuscitarão primeiro..."


"Eu farei de vocês pescadores de homens..."

"Aquele que deixar pai e mãe por amor de Mim, receberá muitas vezes nessa vida e no por vir..." 

A nossa mente humana entende essas coisas? 

Talvez por isso alguns não consigam dar um passo de fé para viver a vida de Deus, plenamente. 

Contribuir, dizer não ao pecado, celebrar uma esperança eterna, são mesmo coisas contraditórias a essa vida. 

Bem-aventurados aqueles que vivem acima da média!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Balanço da Virada com o Salmo 98

O que foi bom em 2016? Alcançou suas metas? Quantas vitórias? 

O Salmo 98 pode nos ajudar. 

Ele fala das vitórias que vêm do Senhor (1-3), da celebração exultante como resposta (4-6) e, consequentemente, do temor que nos envolve (7-9). 

E então? Como vai  diante do balanço da virada? 

O que Deus fez em sua vida? O que aconteceu de bom? Você consegue perceber que até algumas derrotas foram vitórias em sua vida? O que aprendeu com as "derrotas"? E quando houve derrota mesmo, você entendeu que não foi atitude capciosa de Deus? 

Quanto houve de celebração? Ações claras de gratidão e culto. Quanto você celebrou a bondade, graça e poder do Senhor? 

E o resultado de tudo? Provocou temor em seu coração? Como sai de férias? Como celebra seus dias em casa? Como se comporta em família? Há temor de Deus claro, em suas atitudes? 

BOA VIRADA! BOM BALANÇO!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Crianças más são adultas precoces

Já percebeu que as crianças vingativas, cheias de malignidades, fofoqueiras etc, aprenderam tudo isso dos adultos? 

Não que elas não sejam pecadoras, mas a capacidade de pecar delas, expande-se a partir da má influência dos adultos. 

Afinal, a que nos desafia o Evangelho?

"Eu lhes asseguro, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos Céus." (Mt. 18.3)

A proposta não é para que as crianças se tornem como os adultos, mas que os adultos se tornem como as crianças. 

Precisamos entender isso melhor. Tem adulto com atitudes pueris - sem nenhuma maturidade - achando que isso é o Evangelho. Exemplo? Eles falam o que querem e vêem-se como crianças. Alto lá! A honestidade nas repostas imediatas das crianças, não trazem a malignidade de coisas que estão sendo arquitetadas contra o próximo. 

Percebe que não é muito simples ser como elas?

E quando convive com pessoas que testam a sua capacidade de ser como criança? Vamos olhar como oportunidade? 

Sejamos como crianças que não nutrem malignidade, vingança, respostas preparadas para humilhar, malignidade contra o próximo, malícia pra si mesmo etc. 

Afinal, se encontramos essas coisas nelas, é porque elas estão deixando de ser crianças, e isso tem muito a ver com a nossa "adultice" irresponsável. 

O fracasso "coach" de Jesus

Jesus serviria como referência para o mundo "coach"? Ele treinou 12 homens, e terminou sozinho, num primeiro momento.

Alguns diriam: Ele revolucionou o mundo com esses doze. É verdade. Somos fruto desse primeiro investimento que desencadeou mundo afora. 

No entanto, quero pensar somente nos últimos dias de Jesus. Posso? 

Ele tinha 12 discípulos e nenhum deles foi até o fim. Os últimos dias de Jesus não servem como referência para o mundo "coach" de hoje. E minha intenção aqui não é ver nada positivo, senão a perseverança e a fidelidade do próprio Mestre.

Estou a viver meus últimos dias como pastor da Iec Fidelidade. E penso que muitas coisas poderiam ser muito melhores. Passei agora pouco numa rua onde algumas casas foram alcançadas e nenhuma daquelas pessoas queridas permaneceram. Ontem a presença no culto foi baixíssima. O que tem-se tornado muito comum. Tínhamos mais visitantes que gente que pensa estar. Mas, todos pensam que estão muito bem assim. É horrível depois de 19 anos de pastorado ver um monte de gente fazendo tudo diferente do que você discipulou por vezes. 

Eu não tenho que celebrar? Tenho muito, mas não é a proposta dessa reflexão. Quero deixar claro que treinar não é garantia absoluta do sucesso da continuidade. Treinar é apenas é um meio da graça, graça que incondicionalmente não deixa morrer a semente da Igreja, porque um dia Deus amou-nos em Cristo e prometeu alcançar todas famílias da terra.

Investir não é tão seguro como alguns ensinam. Discipular é um risco. E se você ficar sozinho no final? 

Somente vale quando o discipulador persevera, quando quem ensina vive em fidelidade mesmo que os seus discípulos desistam. 

O foco aqui é o Mestre. Jesus não desistiu. Sua fidelidade não foi condicional. É assim que precisamos combater o bom combate, até que nos venha o tempo da coroa incorruptível. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Hoje eu tive um velho sonho...

Sonhei que a classe dos jovens estava reunida. Eles sorriam com a Bíblia nas mãos. Sorriam e sonhavam. Sonhavam juntos com projetos missionários. Eles estavam quebrantados. 

Sonhei com os jovens casais debruçados sobre as Escrituras. Eles estavam prontos para ter filhos. Filhos bem educados na Palavra. Crianças que não esperavam ser a Igreja do futuro, mas sim a Igreja do presente.

Sonhei com idosos tendo visões, porque se ocupavam com a oração agradecida e intercessora. 

Sonhei que a obra missionária crescia muito, porque à medida que o povo investia, eles eram abençoados, e à medida que eram abençoados investiam. 

Sonhei com novos missionários. Gente que não resistiu aos campos brancos. 

Sonhei com uma igreja que crescia, porque muitos convertiam-se ao Senhor, e não porque buscavam as suas próprias bênçãos. 

Acordei!

Mas, o sonho continua. 

Foi agora pouco em meu tempo de intercessão.

AVIVA SENHOR A TUA OBRA EM NOSSO MEIO! (Hab. 3.2)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Igreja? Nem sempre!

Jesus sempre foi contra a religiosidade farisaica. Aliás, a verdadeira religião é cuidar dos órfãos e das viúvas e guardar-se incontaminado do mundo (Tg. 1.27). 

Então alguns que fazem coisas tão boas, que sabem ser toda a vida para a glória de Deus (1 Co. 10.23), e estão diminuindo suas responsabilidades na Igreja local, por outro lado.

E quando voltam de um aniversário depois de terem tido a oportunidade de orar, ou quando voltam da praia e lá também tiveram oração e reflexão bíblica, eles sentem-se apoiados por Deus por estarem fora das reuniões da igreja.

Ah, quer dizer então que não podemos glorificar a Deus em outros lugares? Quer dizer então que é pecado fazer outras coisas no domingo? Não disse isso!

Gostaria que abrisse os olhos e percebesse que, quando a Igreja torna-se segundo ou terceiro plano, também diminui-se o envolvimento missionário. 

Ausentar-se das reuniões da Igreja está muito associado ao liberalismo e a libertinagem a médio-longo-prazo. 

Pais que se comportam assim não estão semeando o melhor na vida dos seus filhos. Perigos os cercam mais à frente. Eles podem até protegerem-se hoje, mas seus filhos estão aprendendo que Igreja é importante, mas nem sempre.

Espero que ajude-me a não criar um grupo de fariseus dominicais que resumem a vida cristã ao domingo, mas que também não cai na libertinagem em deixar a Igreja em segundo ou terceiro plano. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Eu quero mais!

Tenho feito algumas críticas e ouvido outras sobre a situação da Igreja Brasileira. É verdade! É triste a frieza para oração e o fervor para os shows. 

Eu sou vendedor de livros e não de sonhos, por isso minhas vendas são tão ínfimas? 

Sei que os livros provocam sonhos, mas falo a respeito dos pregadores de auto-ajuda. Seus livros vendem muito.

Por quê? O tempo de cantar chegou! O tempo de dançar chegou! E o tempo de ler? E o tempo de orar? E o tempo de jejuar? O Noivo foi-se...

O que estamos fazendo? 

O que eu estou fazendo? 

Eu preciso ser o que espero que a Igreja seja. Se quero uma Igreja de joelhos, antes eu preciso calejá-los. Se quero uma Igreja que lê, antes eu preciso comer a Bíblia e os livros. 

Enfim, quero cantar com os que oram e não apenas com os que cantam. Quero ler com os jejuam e não apenas com os intelectuais profissionais do Reino. 

Maranata em minha vida! 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Eu sei que Deus sabe!

O que fazer? Não se sabe o que pode ser feito em algumas situações. Então, você vê-se à deriva... 

Desapontado com pessoas, incrédulo com a vida, e ao mesmo tempo, tranquilo porque você sabe que Deus sabe?

É isso! Esse é o meu conforto quando penso que tenho feito parte da minha parte. Ao menos penso e esforço-me para isso. 

E nesse caso é especial pensar que, se eu fosse tratado conforme o mérito de quem eu sou em mim mesmo, toda minha vida seria dignamente destruída. 

Ele não nos trata segundo as nossas iniquidades, pois se assim fosse quem poderia sobreviver?

E quando resta alguma esperança de socorro, e descobre que alguns próximos são, efetivamente, distantes da possibilidade de oferecer ajuda prática e tão necessária?

O que resta então? 

O conforto indescritível de que você sabe que Deus sabe, e isso basta! Então pode confiar e esperar em Sua bondade.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Ter Tempo

24 horas. É o que todos temos. Quando dizemos não ter tempo, o que queremos dizer? 

"Não tenho tempo" pode significar "Não estou a fim de fazer tal coisa". Há coisas que não queremos fazer, pois tudo que queremos muito, arrumamos tempo para...

"Não tenho tempo" pode significar "Não vou fazer agora. É importante, mas eu faço depois." O problema é que o depois não chega, pois o depois é depois, assim como o amanhã tende a ser sempre o amanhã e nunca torna-se um hoje. 

E então? Tem tido tempo para quê? 

O que tem feito de relevante para o próximo? 

Quanto tempo junto com seus filhos e esposa, e juntos só com a esposa e o esposo?Passamos um tempo ontem à tarde, com o nosso filho mais velho, "batendo-papo" sem nenhuma tecnologia. Foi tão bom. 

E a família numa esfera mais ampla? Uau! Acabei de lembrar-me de uma tia enferma. 

E o tempo de devocional em família? Tem sido de qualidade? Nós temos feito, mas precisamos fazer com maior qualidade. Acabei de pegar um livro que dá dicas. Lá em casa é um desafio ser pertinente e relevante porque temos 3 filhos em 3 faixas etárias diferentes. 

Ufa! E o tempo que precisamos separar para as tarefas da casa? Não pode ser apenas isso, mas elas competem junto às outras coisas. 

Olha, confesso que a medida que escrevo, sinto-me carente da ajuda do Senhor para ter uma agenda bem equilibrada e saudável. 

Se se sente assim, estamos juntos. Ah, inclusive em oração - que é um outro tempo que precisamos ter no "fechar da nossa porta". 

Carpe diem! Desfrute o tempo que Deus dá-nos com as prioridades mais significativas e transformadoras da vida, ainda que pareçam tão simples. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Apesar de mim

Depois de 19 anos de pastorado eu teria muito pra CONFESSAR e CELEBRAR ao mesmo tempo.

Confessar erros, pecados e limitações minhas. Celebrar a bondade do Senhor para com a Igreja dEle, apesar de mim.

Eu sei que meus acertos foram por causa dEle.

E a Igreja? A Igreja é como eu. Aliás, eu faço parte dela. Sou pastor no desempenho do meu ministério, mas também sou ovelha de Jesus.

Como ovelhas de Jesus somos todos - naturalmente - com visão curta e sem percepção dos perigos que nos cercam.

Todas as vezes que consegui portar-me como um pastor de ovelhas e enxergar o perigo, alertar e proteger suas ovelhas, foi graça do Sumo-Pastor na instrumentalidade dos dons que Ele deu a mim.

Enfim, posso assumir o que não deu certo, e honrar ao Senhor da Igreja por tudo o que funcionou, e deu muito certo.

Misericórdia por mim e sobre mim. Honra e glória ao Bispo e Pastor das nossas almas, Jesus (1 Pe. 2.25).

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Ficou fácil para o diabo

Chocolate no lugar de pães asmos e ervas amargas. Não é isso que Satanás fez para nos fazer esquecer a Páscoa? 

O que é a Páscoa senão a maior festa antes da Cruz, que aponta para a Cruz.

E agora? Qual é a maior festa que aponta para a Cruz? A Ceia. 

E o que o Diabo faz? Ele oferece "doce" e logo o povo vai-se. 

É sério e preocupante quando a Palavra é deixada - facilmente - por qualquer festinha. Um aniversário aqui, um passeio ali, um jantar lá, uma visita legal acolá. 

Antes era mais difícil. Agora ficou fácil para Satanás contra a Igreja. Por quê? Porque as pessoas estão vivendo o Corpo de Cristo, como se fosse uma boa opção, e não como sinal de uma busca prioritária do Reino. 

Ainda nos assustamos com famílias esfacelando? Ainda nos assustamos com adolescentes que engravidam precocemente, e que escolhem as drogas? Ainda nos assustamos com casamentos falidos? 

O que vemos são consequências das escolhas levianas contra a Igreja, a Palavra e o Reino de Deus. 

domingo, 9 de outubro de 2016

Visita a Russell Shedd e Algumas Lições

Raríssima oportunidade e algumas LIÇÕES com Dr. Russell SHEDD hoje cedo (dia 05/10/16):

1) Quando FRAGILIZADO no corpo, cultive GRATIDÃO ao Senhor. 

Ele falou-me com alegria sobre o casamento, os filhos, os genros e os netos. E também sobre as oportunidades de vida e ministério. 

Ele já viveu em Leiria, em Portugal, e viu a boa mão do Senhor quando a Editora Vida Nova não deu certo lá. E então a ideia de vir ao Brasil. Que lindo ver o que aconteceu nesse ministério depois de tantos anos.

2) Quando aos 86 anos, continua SONHANDO. Ele espera escrever um livro sobre Dons Espirituais.

3) Quando NÃO PUDER SAIR DO LUGAR, continue LENDO e SERVINDO. 

Ele estava sentado numa poltrona, lendo a Teologia Sistemática que um amigo publicou. E ainda pretende pregar na Ceia de Domingo, se estiver em condições de fazê-lo, ao menos sentado.

4) Quando TUDO ESTIVER MEIO CINZA, num câncer agressivo, não deixe o BOM HUMOR. 

Ele sorriu e brincou com a situação dele. Brincou que se estivesse bom, não estaria ali plantado, mas teria ido receber-me à porta.

5) Quando a VIDA ESTIVER INDO, renove-se na ESPERANÇA e QUEIRA VIVER. 

Isso foi o que ele demonstrou o tempo todo.

6) Quando LIMITADO, continue AMANDO MISSÕES com CUIDADOS. 

Ele perguntou-me sobre a seriedade de um missionário específico, que pedia ajuda. E por acaso, eu o conhecia.

Enfim, precisamos aprender com todos, em especial com aqueles que são diferenciados.

Instagram: @vacilius.lima

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Dízimo: produto da Lei?

O dízimo é mesmo produto da Lei? Por que algumas Igrejas  mantêm-no? Quais as motivações para ensinar sobre o dízimo? Por que alguns defendem que o dízimo não mais se aplica? Quais as bases de quem faz apologia contra o dízimo? O dízimo é mesmo produto da Lei Mosaica? 

Por que então ele surge ANTES da Lei (Gn. 14.17-24)? 


Por que JESUS menciona-o sob a crítica de quem fá-lo como ato unilateral apenas (Mt. 23.23)? 

Eles deveriam continuar dando o dízimo, mas entender que o espírito e a motivação se justifica nos princípios da justiça, misericórdia e da fidelidade. 

Por que a ordem sacerdotal de MELQUISEDEQUE, uma ordem eterna e que aponta para Cristo, aceita o dízimo? 

Por que então, isto é considerado nos escritos do Novo Testamento (Hb. 7.1-10)? 

Não apenas porque se encontra no Novo Testamento, mas porque se trata de um ato que reconhece a autoridade de quem é maior, a atitude de servir de quem é menor, e ainda o princípio da bênção de quem é maior sobre o menor a partir da recompensa.

Enfim, temos mais a dizer a favor que contra. 

E para quem sai pela tangente no uso de 2 Co. 9.6-7 a respeito daquele que deve dar com alegria quanto quiser, precisa ser coerente com o contexto - uma vez que se trata de ofertas de socorro aos crentes da Judéia. Não é dízimo! 

Então, o que podemos considerar de prático? 

O dízimo nasce antes da Lei, é oficializado na Lei, e transcende a Lei ao não ser rejeitado por Jesus, e ainda progride da Lei para Graça na mensagem neo-testamentária e cristocêntrica de Melquisedeque. 

Por outro lado, não nos limitar aos 10% porque seria diminuir a Graça. Hoje devemos servir ao Senhor, e fazer a Sua vontade com tudo o que temos. 

Instagram: @vacilius.lima

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Os dois SUSPIROS de Jesus

Logo pensamos quando Jesus expirou na Cruz. Não trata-se desse “expirar”. 

O que tem feito você suspirar? Quais os tipos de suspiros que existem? 

Qual a diferença entre um suspiro profundo, suave e gostoso e um suspiro de chateação, aborrecimento e indignação?

JESUS SUSPIROU PRAZEROSAMENTE quando disse Efatá quando curou um surdo e gago (Mc. 7:33-35). Um suspirar de concentração, de entrega, de elevação do espírito, de quem está prestes a realizar algo maravilhoso, de realização.

Quando você suspira prazerosamente? Essa pergunta não deve ser respondida à luz de prazeres egoístas.

Jesus SUSPIROU INDIGNADAMENTE quando os fariseus pediram-lhe um sinal, numa demonstração tola de quem não entendia o sinal que precisam (Mc. 8.11-13).

Esse suspirar é de quem está aborrecido. Se Jesus é nosso modelo também podemos  suspirar aborrecidos. Mas, a pergunta é: “O que nos deixa aborrecidos?” 

Jesus ficou indignado com a incredulidade dos fariseus. E, você?

Você é intolerante com as falhas dos outros, e sempre tem uma explicação para os seus erros? Você se aborrece facilmente por pequenas coisas? Estou corrigindo esses tipos de chateações em mim. 

Suspiro preocupado quando vejo alguns jovens, namorando tão cedo, em vias de tornarem-se "pais-irmãos", e outros envelhecendo e que serão “pais-avós”.

Suspiro chateado pela leviandade na vida cristã e na igreja, no comportamento de muita gente.

Dizemos que somos discípulos de Jesus. Jesus passou horas em vigília de oração, e dificilmente vemos a reprodução desse modelo. Que suspirar desagradável.

Suspiro preocupado ao pensar no futuro de nossos filhos, quando vejo que há pouco investimento financeiro, educacional e espiritual. Também preocupo-me onde eles vão morar e em que condições. A tendência é que muitas casas tornem-se “cortiços” em mais duas gerações.

Suspiro ofegante quando vejo casais discutindo. Esposas que afrontam desrespeitosamente seus maridos, sem nenhuma noção de que estão fazendo isso com Jesus. E os maridos que não tratam as suas esposas como um ser emocional? Não deixa de ser uma afronta a Noiva de Cristo.

Suspiro mal quando vejo crentes atolados até o pescoço, nas suas próprias vaidades, num esquecimento famigerado contra o Reino de Deus!

Suspiro com pena daqueles que se complicam tanto na vida financeira, que já nem contribuem mais, e tendem a ser escravos nesse redemoinho cruel de sufoco, aperto, empréstimos para pagar empréstimos, fiadores, agiotagem, dívidas, ligações de cobrança, nome sujo, mínimo do cartão, perca de bens e do sono, agitação, irritabilidade, stress, e úlceras.

Qual tem sido o seu suspirar? 

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Educação e Família

Há duas coisas na vida que se você guardar você perde. Conhecimento e afeto. Se você guardar eles vão embora. A única maneira de ter conhecimento e afeto é repartí-los. (Mário Sérgio Cortella) 

A escola lembra-nos conhecimento e a família lembra-nos afeto, mas a boa escola transmite conhecimento com afeto, e a boa família partilha afeto com conhecimento. Também por isso, não dá pra conceber família sem educação e educação sem família. 

Uma existe em função da outra, pois o indivíduo foi feito para se relacionar. Afinal, qual é a base de todas as nossas relações? A família. 

"Não é bom que o homem esteja só..." (Gn. 2.18). Deus fez o homem e ao perceber que estava só, Ele proveu-lhe uma companheira, e depois vieram os filhos. 

Agora o homem já tem a companhia da mulher. Eles estão acompanhados. Mas, qual seria o segredo para um boa convivência?  Aqui entra a educação. 

A educação não é a imposição de regras de convivência. A educação é transmitir valores que transformam e direcionam vidas.

De onde veio a base-criadora da família? Da Trindade. Já havia relacionamento antes da criação. A família é uma extensão do próprio Deus em sua pluralidade. ISTO É RELACIONAMENTO.

E de onde veio a base-criadora da educação? Das orientações de Deus para o homem: cuidar do jardim e respeitar seus limites (Gn. 2.15-17). ISTO É EDUCAÇÃO PARA A VIDA! Não apenas a Educação que transmite conhecimento para os Concursos e Vestibulares. A boa educação prepara para os testes escolares e para os testes para a vida.

Sendo assim, família sem educação não prepara para a vida e educação sem família não desfruta da essência da vidaE somente quem desfruta da essência da vida pode partilhar conhecimento e afeto ao mesmo tempo. 

Falta de Contribuição, Falta de Outras Coisas!

"Falta de Contribuição, Falta de Outras Coisas!" é um tema que sugere uma abordagem das consequencias que podem sofrer quem não contribui, mas a "...Falta de Outras Coisas!" que gostaria de abordar é outra; é que quando a coisa chega na contribuição já tem muita coisa, mais básica ainda, sendo desprezada.

O que é contribuir com a motivação correta? É compartilhar com outros do privilégio da gratidão ao Senhor, demonstração de dependência no Provedor, e investimento em vidas. 

A negligência na contribuição, normalmente, é a ponta do iceberg. O que pode estar embaixo desse iceberg quando falta gratidão, dependência e investimento? 

Se não consigo agradecer do jeito que Deus espera: ofertando. Se não consigo depender na provisão dEle. Se não consigo me sensibilizar com o Reino de Deus. Onde a minha espiritualidade? Como posso dizer que sou servo? 

O problema é que tudo isso abre brechas para outros pecados. Se minha vida de adoração é afetada o que é natural acontecer? Gastos desnecessários. Não apenas com coisas supérfluas, mas com coisas que não edificam. 

O próximo passo é abrir concessão para "pecadinhos" inofensivos. E então temos um "crente liberal". Vida de Igreja não é prioridade. Leitura da Bíblia quando dá. Vida de oração? Só se for a oração que nasce e morre no próprio umbigo. E então temos um clubinho legal ao invés de Igreja de Cristo que foi chamada para a suprema tarefa de proclamar o Evangelho e promover a glória de Deus. 

De onde vem o adultério e a fornicação? De onde as brigas e a fofoca? De onde a ganância e as dívidas? De onde a insensibilidade e o egoísmo? De onde o sono profundo e a vida medíocre? De onde a falta de entendimento e problemas sérios de relacionamento? De quem contribui? Só se for um hipócrita que deseja negociar com Deus. Por quê? Porque o verdadeiro contribuinte tem um caráter tratado e tratável. Ele enxerga mais do que se vê. Ele consegue chorar e estender as mãos.

Você consegue entender que o estilo de vida revela onde está o nosso coração? Você entende que a falta de contribuição implica muita coisa? Leia o livro do profeta Joel e Malaquias. Leia a história do Israel. Leia Mateus 23. Leia 2 Coríntios 8 e 9. Leia Filipenses. Leia a Bíblia e veja.

Enfim, pode acontecer de um contribuinte fiel ser uma farsa? Claro. Pode haver motivação egoísta na contribuição também. Por outro lado, seria possível ser um discípulo verdadeiro sem contribuição? Impossible!!!! A contribuição ou a falta dela é mesmo a ponta do iceberg.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Descanso circunstancial?

O que Deus fez com Adão para fazer Eva pra ele? Ele o fez dormir, um sono profundo. Adão se desligou completamente de tudo. Foi uma anestesia geral. 

Por que Deus fez Adão dormir? A princípio porque se tratava de um procedimento cirúrgico. Era um procedimento necessário e de proteção das dores, e porque não de surpresa

Coisa parecida acontece com a gente. Em algum momento da vida pode ser necessário parar. E parar pode ser cirúrgico, necessário, cuidadoso e preparatório para novidades.

Podemos ser parados circunstancialmente por saúde nossa ou dos nossos, por mudança de lugar ou trabalho, ou ainda por alguma outra perda, ou simplesmente quando não sabemos como agir e não temos o que fazer.  

O problema é que o tempo de parada circunstancial sempre nos parece o pior, e desastroso. Por quê? Porque as coisas fogem ao nosso controle, e quando não mais controlamos ou pensamos não controlar nossa vida é natural a sensação de insegurança. 

Mas, a questão é: Quem está no controle? Quem é o cirurgião? Quem nos faz parar em alguns momentos, ou de tempos em  tempos? 

A melhor coisa a ser fazer então é não reagir contra. Adão dormiu o tempo necessário. E nós? Temos descansado o tempo necessário? Descansado no Senhor. Ou Ele perdeu o controle da nossa vida? Ou Ele não é o Pai que nos quer bem? 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Quem está preparado?

Todos podem se casar, mas nem todos estão preparados para serem maridos e esposas segundo o coração de Deus

Todos podem fazer sexo, mas nem todos estão preparados pra amar.

Todos podem ser pai e mãe, mas nem todos estão preparados para educar.

Todos podem fazer parte de uma igreja local, mas nem todos estão preparados para serem adoradores.

Todos podem contribuir, mas nem todos estão preparados para repartir com alegria.

Todos podem conquistar bens e ter o seu salário, mas nem todos estão preparados para serem mordomos fiéis

Todos podem viver, mas nem todos estão preparados para "carpe diem" e muito menos para a vida eterna

Todos estão preparados para "apontar o dedo", mas nem todos estão preparados para se colocarem de joelhos em arrependimento pelos seus próprios atos pecaminosos. 

Você está preparado?  

A Palavra de Deus, a Bíblia, prepara-nos. Fica a dica!

Instagram: @vacilius.lima

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Pastor de Jumentos?

De quem o pastor cuida? A resposta mais óbvia e imediata é: pastores cuidam de ovelhas. Pastores cuidam de um Rebanho. É verdade! 

Por outro lado, é também verdade que pastores cuidam de Tropa?

A Bíblia diz que Aná apascentava os jumentos de seu pai (Gn. 36.25 - NVI). 

Jumentos também são cuidados e apascentados, por isso, parte do Rebanho pode ser um Tropa, o coletivo de jumentos. 

What? Como assim? 

Ou nem todos são ovelhas, ou no mínimo algumas ovelhas portam-se de maneira tola, o que significa caracterizar-se como parte de uma Tropa. 

Aliás, Deus alerta-nos a não nos comportar como parte de uma Tropa: "Não sejam como o cavalo ou o burro, que não têm entendimento mas precisam ser controlados com freios e rédeas, caso contrário não obedecem." (Sl. 32.9)

Os pastores precisam de nossas orações porque tratam com Rebanho e Tropa ao mesmo tempo. 

(Obs.: quem está em pauta é pastor de verdade, não os pastores tolos nem os lobos). 

Instagram @vacilius.lima

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O que nos falta para novas conquistas?

Essa é a Torre de Belém em Lisboa. Daí saiam as Caravelas para conquistar outras terras. E isso foi nos séculos XV e XVI. 

O que foi necessário?

Coragem para desbravar o desconhecido. Riscos nos bravios mares. Perigos nas desconhecidas terras. Habilidade e destreza marítimos. E, sem dúvida, a bênção dos céus - que neste caso - na interpretação deles - vinha do mosteiro dos Jerônimos logo em frente da Torre de Belém. 

Não nos falta hoje este mesmo espírito, destreza e bênção? Aliás, por que achamos que não temos a bênção para avançar? 

O que nos falta seriam as bênçãos do Alto ou a coragem para desbravar? 

O que nos falta seriam as bênçãos do Alto ou a destreza para vencer as ondas furiosas que nos golpeiam? 

Se temos as bênçãos do Alto então vamos ganhar os mares, desbravar novas terras, conquistar novos povos.

Parece até que já ouvimos algo parecido? Foi Jesus quem disse: "...edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la." (Mt. 16.18)

O que estamos a esperar?

Se o nosso trabalho se limitar a apenas manter aqueles que já estão, estamos a diminuar a proposta do Evangelho, pois a ideia do texto acima é que as portas que fazem oposição ao avanço da igreja não são capazes de impedir a sua marcha triunfante. 

Desbravar! Essa é a palavra que pode bem interpretar a Palavra de Jesus pra Igreja. 

Chega de desculpas. Somos limitados. Mas, vamos olhar apenas para as nossas limitações? E as virtudes que recebemos? E os dons? E o poder do Espírito? E o Evangelho que é o poder de Deus? 

Se nos falta destreza, vamos nos preparar com metas mensuráveis. Se nos falta o espírito de coragem, vamos orar e agir. 

Sendo assim, qual o seu próximo passo?

Instagram: @vacilius.lima

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A tristeza de um pastor

Quando comecei a pastorear a mesma igreja local de 19 anos atrás, ela era simples e pobre de posses materiais. As pessoas eram assim. Não havia carros à porta. Muita gente morando de aluguel. Também não havia vários universitários e concursados. O nosso perfil era limitadíssimo. 

Esses 19 anos de orientaçōes e acompanhentos múltiplos provocaram algumas mudanças. Uma visão holística fez-nos olhar para todos os lados da vida. Fomos desafiados a olhar todas as coisas como de Deus. 

Combatemos a visão dualista do santo e profano, pois "quer comamos ou bebamos, façamos tudo para a glória de Deus" (1 Co. 10.31).

Hoje temos muitos carros aos domingos. Inclusive carros muito bons e novos. Muitas casas foram reformadas, e alguns adquiriram suas casas próprias. Hoje temos gente com formação e graduação mais elevada, e alguns outros concursados. Aquelas crianças de 19 anos atrás, alguns hoje estão casados e outros já são pais. Também é muito comum alguns privilégios como pacotes de viagem nas férias.

Eu alegro-me com tudo isso. Mas, tenho algumas tristezas também. 

Hoje choro e sinto saudade da simplicidade que provocava maior presença nas reuniões de oração, e nos desafios da Igreja. 

Hoje lamento alguns casamentos sendo desfeitos, e outros que já acabaram embora não pareça.

Hoje preocupo-me com jovens perdendo-se, e alguns em nome de seus direitos adquiridos encontram-se afastados da perspectiva missionária.

Então uma senhora e depois um rapaz sonharam que eu estava triste. Esses sonhos só confirmaram a tristeza de ver que os meus "filhinhos" não andam na verdade (3 João 4). Se a maior alegria de João era ver que seus filhinhos andavam na verdade, a minha tristeza é justamente pelo contrário.

Hoje penso que deveria orar e apoiar somente a prosperidade, daqueles cuja alma também são prósperas (3 João 2-3). 

Definitivamente não vale a pena ver um povo perdendo-se em suas próprias bênçãos. 

terça-feira, 28 de junho de 2016

Por que fragmentamos a vida?

Temos a tendência de fragmentar a vida toda. Parece que tudo pode ser dividido, separado, afastado. 

Parece que um ponto não está ligado ao outro. Tendemos a separar as palavras do texto. 

O nosso esforço é para deletarmos algumas experiências como se elas não mais dialogassem com a nossa realidade.

Não é assim que fazemos com o Domingo, o Templo, o Pastor e o Culto? Não é assim que fazemos com o Ministério Eclesiástico e Missionário? Não é assim que fazemos como a própria Palavra? 

Separamos tudo isso da vida comum. Tudo o que se refere a Igreja é santo, o resto é profano, ou ao menos humano, e um humano esvaziado do divino. 

Deus nunca pensou assim. A Palavra nunca foi-nos dada para sermos extra-terrestres. A Igreja não existe para desumanizar. 

O Domingo não é um Dia do Senhor, muito menos o Dia do Senhor (sem diminuir a teologia Puritana). Quem serve ao Senhor apenas num chamado dia dEle, tende a viver para si mesmo nos outros dias.

Todos os dias e tudo o que fazemos é para o Senhor. Não foi essa a teologia paulina aos Coríntios quando eles estavam considerando profano, aquilo que para o Senhor pode ser santo também? 

"Seja comida, seja bebida, seja o que for, precisa ser para a glória do Senhor." (1 Co. 10.31)

Quem é o ungido do Senhor? Todos nós o somos. Respeitamos os pastores que estão sobre nós, mas também entendemos como a Reforma Protestante defendeu sobre o Sacerdócio Universal dos Crentes. 

E sobre o Culto e o Templo? Não queremos diminuir a sua importância e o seu bom lugar em nossas vidas. Mas, templo somos nós mesmos. Nós somos o lugar santo de Deus (1 Co. 6.19). Santidade convém ao lugar onde cultuamos juntos e em qualquer outro lugar, bem como a nossa vida é o altar de culto contínuo ao Senhor. 

O que quero com isso? 

Que sejamos livres para honrar o domingo bem como todos outros dias, cada qual em seu propósito. 

Que sejamos livres para honrar os pastores e líderes, bem como todos os outros servos do Senhor, cada qual dentro do seu propósito. 

Que sejamos livres para cultuarmos ao Senhor e cultivarmos o culto coletivo, mas cada qual na dimensão que precisa ser vivido. 

Vivamos para a glória de Deus. A vida toda. Tudo o que vivemos. 

Não entendeu ainda? 

Vou ao culto coletivo, jogo futebol, faço caminhada, leio a Bíblia, namoro, brinco com os meus filhos, tomo minhas refeições, uso o celular, viajo, prego, leio outras literaturas etc. Tudo, tudo, tudo... para a glória de Deus, e com o mesmo peso de responsabilidade na minha consciência, e com a leveza da mesma gratidão. 

Nem sempre você precisa ficar na encruzilhada. Que seja tudo para a glória de Deus.