Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O problema está naquilo que não faço?

O que você está fazendo? Problema? Desvio? Não? 

Talvez o seu grave problema não seja aquilo que você está fazendo hoje. O que você faz pode ser o melhor, coisas boas, que aos olhos de todos está tudo bem. Inclusive ao seu olhar tudo vai bem porque suas ações são boas, beneficiam, agregam, abençoam. 

Mesmo assim, pense naquilo que você tem deixado de lado. Aquilo que você sabe ser importante, mas você está adiando. 

Viu como a vida não está tão boa assim? O problema maior pode ser o pecado da omissão, do adiamento...

Continue fazendo as coisas que você faz, mas passe a fazer as mais nobres. É possível que tenha de parar com algumas coisas boas pra dá lugar a outras melhores ainda.

Se o seu caso não é esse, então o seu problema é com o que está fazendo. Aí precisa re-agendar a sua vida.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A Lei da liberdade, a lei do amor

Cristo nos chamou para a lei da liberdade. O Evangelho nos torna livres. A "lei da liberdade", a lei do Evangelho é o amor. E ela se aplica na caminhada do discipulado com Cristo. 

Aqueles que não compreendem assim, tornam os novos discípulos de Jesus em meros religiosos porque são legalistas em seu ensino. Quando um novo discípulo pergunta como as coisas devem ser agora, prontamente surgem os "legalistas-eclesiásticos-de-plantão" e apresentam uma "lista de não-pode".

O perigo é que esse legalismo não é suficiente, ele nos afasta da graça, e do próprio Cristo, ele nos afasta do amor. Ele provoca o medo. O medo de "pecar", o medo das consequências. 

O relacionamento com Deus passa ser apenas meritório. Mas, logo se descobre que ele não é suficiente. 

Quando já cansados, esses novos que já não são mais novos, encontram os "libertinos-eclesiásticos-de-plantão". Eles rasgam aquela "lista do não-pode" e não apresentam um nova lista, apenas dizem: "Não há lista alguma. Você é livre." 

Essa postura é interessante porque ela é baseada no "amor-livre". São os "hippies-evangélicos". Eles distorcem a "lei da liberdade". 

A "lei da liberdade" nos encaminha num relacionamento de amor. Eu não vou pecar porque amo o Pai, não apenas porque temo ao meu Senhor. Eu não vou pecar porque sou grato ao que Ele fez por mim. Eu não vou pecar porque eu sou livre pra não pecar. É fazer a melhor escolha todo dia.

Faça a melhor escolha todo dia. Ande nos passos de Jesus porque Ele nos amou e o caminho sobremodo excelente é o Seu amor revelado no Evangelho. 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O que tem de "mágico" no Natal?

O "espírito natalino" deixa as pessoas mais solidárias, mas não resolve o problema dos solitários e da solidão. 

O "espírito natalino" deixa as casas e as praças mais bonitas em seus pisca-piscas, mas não resolve a escuridão da alma cansada e oprimida.

O "espírito natalino" deixa as mesas mais fartas, mas não resolve o apetite existencial de quem não vê sabor fora da gordura saturada pelo egoísmo.

O "espírito natalino" deixa as casas mais cheias de gente, mas não resolve o problema da ausência de comunhão. 

O "espírito natalino" promove a troca de presentes, mas não desperta um espírito abnegado o ano todo, senão a motivação egoística do eu posso ganhar com isso. 

O "espírito natalino" continuará sendo um fantasminha camarada, se não for entendido como a extensão do Evangelho de Cristo.

O verdadeiro "espírito natalino" sim, expulsa a solidão e traz um senso profundo de companhia e pertencimento. 

O verdadeiro "espírito natalino" sim, faz brilhar a Luz dentro da alma.

O verdadeiro "espírito natalino" sim, traz a comunhão prazerosa da companhia e da presença desinteresseira. 

O verdadeiro "espírito natalino" somente é verdade porque celebra não apenas o nascimento, mas a razão da nova vida a partir da morte. 

Ele somente é verdadeiro porque amadureceu do menino para o Homem, passou da manjedoura para Cruz, e finalmente do Evangelho Proclamado para o peito do pecador arrependido. 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

E quando uma coisa insiste em não dar certo?

Esse tem sido o meu dilema no momento. É verdade que se trata de algo dessa vida, mas até as coisas da eternidade tem recebido influência.

Troquei de carro. Peguei um mais novo, que não é novo. E tenho "ficado na mão" algumas vezes.

Hoje viajaria pra São Paulo a fim de orar pelo filho de uma irmã que, de repente, perdeu as vistas. Avisei da impossibilidade de ir hoje. Talvez amanhã. 

Eu e minha esposa estamos sendo moídos. Decidimos trocar de carro novamente. Já insistimos bastante.

Por que compartilhar algo tão pessoal das minhas vivências? Não é porque o Blog tem o nome de "Vivências e Pensamentos". Minha motivação é refletir sobre quando uma coisa insiste em não dar certo.

Vamos abrir o leque e cogitar caminhos possíveis:

Pode ter sido um erro no processo de decisão? Pode sim.

Seria simplesmente provação? Talvez.

O inimigo ataca? Também.

Poderia simplesmente ser uma coisa natural, que precisa ser resolvida naturalmente? Sim.

Também poderia ser uma maneira de Deus trazer a sua correção para tratar no nosso caráter? Também pode ser.

Seja qual for o caminho, o Caminho é confiar que em todas essas possibilidades o Senhor Soberanamente está no controle de tudo e de todos.

Nesse mesmo caminho precisamos confiar que Ele sabe dos detalhes da nossa vida, dos nossos gastos, das nossas lágrimas e dos nossos desencontros e questionamentos. Ele não é impessoal. 

Se foi erro lá traz na decisão o caminho é reconhecimento e "re-fazimento" com maiores cuidados em uma nova decisão. Oração, espera, confirmação, paz...

Se provação o caminho é o enfrentamento, a perseverança, a dependência, e o renovo de que tanto precisamos.

Se é o inimigo não precisa haver nenhuma preocupação porque ele está sujeito ao nosso Senhor. É descansar e seguir com Deus no controle.

Se é coisa natural, naturalmente então se resolve. Gasta-se, concerta-se, e se segue em frente com a bandeira de Iavé Jireh - o Deus da minha provisão.  

E se Deus estiver tratando no coração? Que Ele tenha misericórdia, como o tem, pois elas já se renovaram nessa manhã. E que estejamos atentos a sua boa, doce e dura voz. 

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno." (Sl. 139:23-24)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Remanescente fiel em tempos de mornidão!

Templos cheios e músicas animadas não significam sinal de espiritualidade necessariamente. Muito menos quando muita gente está reunida motivada pelas necessidades básicas da pirâmide de Maslow. 

Como podemos saber se há mesmo verdadeira espiritualidade? 

Apenas quando há mergulho profundo na simplicidade do Evangelho, somado a duro tarefa de uma vida simples, amor desapegado pelos perdidos e vida piedosa em oração.

O que seria isso na prática? 

Participação efetiva na Escola Bíblica que lá vai morrendo no Brasil. O que muito temos hoje são cursinhos de verão que não se aprofundam nas Escrituras de verdade.

Enfrentamento contras as tendências alienantes da tecnologia e do consumismo. Menos tempo nas redes sociais, menos compras, menos fadiga como fruto de um orçamento extremamente egoísta.

Envolvimento na obra missionária promovendo espaço no próprio orçamento. Viagens de impacto de férias e visitas a campos missionários.

Tempo de joelhos dobrados, todos os dias. Gente que chora aos pés do Senhor e clama por avivamento. 

Existe um remanescente fiel. Essa é a nossa esperança! Onde você está?

sábado, 13 de dezembro de 2014

Fórum sobre Escatologia - Diferenças básicas

Foram 27 horas de aula nesse mês de Novembro e Dezembro. Tivemos quatro excelentes professores (Naor Lima, Silas R. Nogueira, Tiago Elias e Davi Paulineti), e consequentemente três posições diferentes sobre a Segunda Vinda de Jesus e mais propriamente a Grande Tribulação.
 
O que se destacou em cada uma dessas "escolas" a respeito dos Fins dos Tempos?
 
PRÉ-MILENISMO HISTÓRICO assim chamado porque, embora seja PRÉ-MILENISTA, veio primeiro que o outro braço do Pré-milenismo, que é o Dispensacionalismo.
 
Os "Históricos" admitem o Milênio, literalmente, como Governo a ser instituído um Dia, mas rejeitam a Segunda Vinda em duas etapas (Arrebatamento e Parousia) como os Dispensacionalistas. Eles acreditam que ambos os Eventos (Arrebatamento e Parousia) é uma coisa só, num único ato. 
Qual a implicação natural dessa posição sobre a Grande Tribulação? A Igreja passará pela Grande Tribulação que ainda não está acontecendo. 

Diferentemente os DISPENSACIONALISMO secciona a História e com facilidade propõe dois momentos para a Segunda Vinda. Primeiro acontece o Arrebatamento, e somente depois das Bodas do Cordeiro e do Tribunal de Cristo é que acontece a Parousia (Jesus pisa na terra para inaugurar o Milênio).

O AMILENISMO caminha pela interpretação alegórica. O Apocalipse é simbologia. Há mensagens centrais, e os detalhes são secundários. A Grande Tribulação já aconteceu nos anos 70. Hoje as desordens naturais já fazem parte da abertura dos Selos de Destruição. A Grande Tribulação se intensificará, nos últimos dias.
 
(Obs.: Essas são as diferenças básicas. Maiores detalhes de discordância: veja o Fórum de Escatologia II.) 
 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Amilenismo (Fórum de Escatologia IX)

O Amilenismo parte de uma hermenêutica alegórica também, porque entende que o Apocalipse é especialmente simbólico. E que as coisas  do fim trazem uma mensagem essencial sem se prender a sua literalidade, de formas e manifestações.
 
"O crente da Era Cristã vive o dia "D" (Primeira Vinda) e o dia "V" (Segunda Vinda). O primeiro é quando o inimigo é decisivamente derrotado, e o outro quando é vencido totalmente." (Oscar Culman)
 
Nesse segundo e final momento acontece a separação entre Bodes e Ovelhas, Joio e Trigo. Também de uma só vez. Única ressurreição. Quando João vê as almas com vestes salpicadas de sangue, não se trata de ressurreição, mas sim de uma narrativa que destaca os mártires.
 
Tudo isso acontece posteriormente ao Milênio que não é um tempo exato (2 Pe. 3:8), mas como penhor de bênção maior por vir (At. 1:11; Hb. 9:27-28).
 
O que ainda virá é caracterizado pela expressão: "últimos dias" cujo significado é "já, já", cujo significado é da centralidade de Jesus na História.
 
Isso também se aplica ao Apocalipse o qual é um livro que expõe cenas, sem necessariamente ter uma cronologia. E necessariamente nessa perspectiva do senhorio de Jesus através Igreja - a exemplo: os 144 mil de Apocalipse 7 é uma referência a indestrubilidade  da Igreja, e por isso, ela mesmo é representada pelas 2 testemunhas.
 
Esse é o milagre do vinho novo.
 
E os sinais de Joel cap. 2:28-29? Eles já estão acontecendo hoje como sinais do fim  (bem como e não necessariamente da Grande Tribulação a qual já aconteceu no ano 70 A. D.).
 
Qual deve ser o nosso viver frente a essas verdades? Como quem já foi transferido do Império das trevas para o Reino da luz (Cl. 1:18).
 
(Obs.: considerações feitas a partir da aula de Pr. Elias Tiago.)
 

Pré-Milenismo Histórico (Fórum de Escatologia X )

O Pré-Milenismo Histórico é Pós-Tribulacionista. Defende que a Igreja passará por uma Grande Tribulação literalmente.
 
Essa posição não secciona a História em dispensações.
 
Também não faz distinção entre Israel e Igreja.
 
Outra diferença é que define a Parousia como único ato, ou seja, o Arrebatamento e a Segunda Vinda.
 
Consequentemente define a ressurreição final, tanto para a vida eterna como para a condenação num único momento, ou  seja, de uma só vez.
 
O fator histórico também coopera contra o Dispensacionalismo, uma vez que até a segunda metade do século XX não havia vestígio de Pré-Tribulacionismo.
 
Outra crítica severa ao Dispensacionalismo é que ele, supostamente, nasceu de uma "eisegese" e não de uma "exegese", pois o Pré-Tribulacionismo surgiu a partir de uma profecia na Igreja de Edward Irving.
 
Uma base bíblica considerável é que interpreta cronologicamente Mateus (24). E assim sendo o que vem "...logo em seguida à tribulação..." é a Vinda do Senhor. Nada de Arrebatamento antes da Grande Tribulação.
 
E sobre o Arrebatamento questiona se ele deveria ser tratado como fuga ao invés de um encontro.
 
A aula terminou com uma aplicação prática sobre a vida cristã: precisamos cuidar contra a "escatomania" e a "escatofobia". A necessidade é de uma urgente proclamação, e uma vida santa, uma atitude positiva diante do sofrimento e uma constante adoração.

(Obs.: considerações a partir da aula ministrada por Silas Nogueira.)

Israel e a Grande Tribulação (Fórum de Escatologia VIII)

O tratamento com Israel volta a ser prioridade na Grande Tribulação. Agora o tempo dos gentios passou. A Igreja foi arrebatada. O ministério corporativo do Espírito Santo através da Igreja cessou (2 Ts. 2:8). A restauração de Israel está por acontecer - naqueles dias:
 
Lc. 21:22 - para se cumprir o que está escrito.
 
Lc. 21:24 - levados para todas as nações até que os tempos dos gentios se complete.
 
Lc. 21:25-28 - restauração de Israel.
 
O tratamento de Deus com Israel pode ser melhor visto a partir de um paralelo entre o que aconteceu nos anos 70 d. C. (Lc. 21:20-28) e o que ainda está por vir (Zc. 12-14):
 
ANO 70: Dia da Desvatação 
SEGUNDA VINDA: Dia de Livramento
 
PAROUSIA: Dia de Vingança 
ARREBATAMENTO: Dia de Vitória
 
PAROUSIA: Dia da Ira
ARREBATAMENTO: Ira contra as Nações
 
PAROUSIA: Pisada pelos Gentios
ARREBATAMENTO: Submissão dos gentios
 
PAROUSIA: Domínio 
ARREBATAMENTO: Jerusalém transformado por Deus
 
PAROUSIA: Grande Aflição
ARREBATAMENTO: Grande Libertação
 
PAROUSIA: Cairá ao fio da espada
ARREBATAMENTO: Riquezas para Jerusalém 

As Duas Vindas de Cristo (Fórum de Escatologia VII)

Qual a diferença entre o Arrebatamento e a Parousia? 

O Arrebatamento é para a retirada da Igreja, em seu encontro com Jesus (Bodas do Cordeiro). A Noiva de Cristo, a Igreja, assume a condição de esposa ao encontrar o Esposo nas nuvens.

O que seria a Parousia? Seria a Segunda Vinda propriamente dita, ou a segunda etapa da Segunda Vinda.
 
Qual a diferença entre esse "evento em dois"? Não são dois em um, mas um em dois como demonstram Mateus cap. 24 e 1 Tessalonicenses 4:
 
ARREBATAMENTO: Retirada dos crentes
PAROUSIA: Aparecimento do Filho do Homem
 
ARREBATAMENTO: Encontro nas Nuvens
PAROUSIA: Cristo na Terra

ARREBATAMENTO: Noiva
PAROUSIA: Esposa

ARREBATAMENTO: Grande Tribulação
PAROUSIA: Reino Milenar

ARREBATAMENTO: Iminente
PAROUSIA: Sinais

ARREBATAMENTO: Igreja
PAROUSIA: Israel

ARREBATAMENTO: Mistério
PAROUSIA: Prevista

As Duas Ressurreições e osTrês Julgamentos? (Fórum de Escatologia VI)

O profeta Daniel  afirma que uns ressuscitarão para a vida eterna, e outros para a vergonha e desgraça eterna (Dn. 12:2). Neste texto, não há especificação se acontecerá, ou não, em um mesmo julgamento.

A primeira ressurreição é para os salvos:   "O restante dos mortos não voltaram a viver até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição (Ap. 20:5). Esses são aqueles que já dormiram em Cristo (1 Ts. 4:13-18).

"Felizes são aqueles que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles. Serão sacerdotes de Deus e de Cristo; e reinarão com ele durante mil anos." (Ap. 20:6)

A segunda ressurreição é, especificamente, para a condenação dos incrédulos e todos os inimigos de Deus: "O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito." (Ap. 20:13)

Esse julgamento, para os não salvos, é o Trono Branco: "Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o mar fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte." (Ap. 20:11, 14)

Aqueles que participaram da primeira ressurreição serão julgados a título de galardão: "Pois todos nós devemos comparecer perante do tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticada por meio do corpo, quer sejam boas, quer sejam más." (2 Co. 5:10)

Qual seria então um terceiro julgamento? É o julgamento das nações (Lc. 19:11-27 cf. Mt. 25). O justo juiz haverá de julgar os reinos e as autoridades.

Enfim, se você já um salvo em Cristo Jesus, terá parte na Primeira Ressurreição. E todos aqueles que não estão em Cristo, precisam crer nEle enquanto em vida, porque depois só restará o Julgamento Final. 

Pós-Milenismo e Amilenismo (Fórum de Escatologia V)

Existe uma linha tênue entre o Pós-Milenismo e o Amilenismo, tanto que ambos reivindicam Agostinho de Hipona como o seu referencial.

O chamado Santo Agostinho escreveu "Cidade de Deus", em que faz comparação entre a Cidade de Deus, fundada por Abel, no mundo espiritual, uma cidade celeste, e a Cidade dos Homens fundada por Caim. 

É nesse paradoxo que se manifesta o Reino de Deus. 

Tanto os Pós-Milenistas como os Amilenistas, defendem esse reino espiritual no coração dos crentes. Para ambos, o Governo de Cristo está no coração dos crentes. 

No entanto, há um diferencial entre estas duas posições:

Os Pós-Milenistas acreditam que o Evangelho, vai ganhando espaço cada vez maior, e assim o Reino será estabelecido. O Milênio ainda virá, a medida que a Igreja avançar. 

Já os Amilenistas, por sua vez, defendem que a manifestação do Reino limita-se ao coração dos salvos. Uma implicação natural para esses é entender, simbolicamente, inclusive a prisão de Satanás. Essa prisão confere um raio de ação. Ela não é absoluta. 

A mensagem prática dessa linha tênue é que a Igreja precisa avançar, e Cristo Jesus já se manifesta hoje, como o Senhor de nossas vidas.

Apologia ao Reino Terreno (Fórum de Escatologia IV)

Tudo começa em Gênesis cap. 12. Existe uma Promessa Tripla: Terra, Descendência e Bênção Espiritual. 

Essa promessa torna-se um Pacto de Sangue (Gn. 15) quando Deus pontua a região da Palestina: "Naquele dia o Senhor fez a seguinte aliança com Abrão: "Aos seus descendentes dei esta terra, desde o ribeiro do Egito até o grande rio, o Eufrates" (Gn. 15:18 cf. Hb. 6:13-18).

O Pacto Palestínico (Dt. 28), o Pacto Davídico (2 Cr. 7:16) e o Pacto Milenar (Jr. 31-34) são somados ao Novo Pacto (Mt. 26:29) quando Jesus celebra a Ceia. E naquele contexto havia a Taça da Santificação, a Taça da Libertação, a Taça da Redenção e a Taça do Reino. Jesus deixa essa última para Aquele Dia transformando-a numa promessa escatológica com todas as suas implicações de terra e governo.

É por isso que o Evangelho de João Batista, o Evangelho de Jesus e o Evangelho da Grande Tribulação tem aspectos terrenos. 

Sendo assim a implicação natural é de que Deus trata com Israel antes da Igreja. No período da Igreja abre aos gentios. Depois volta a tratar com Israel na Grande Tribulação. E então se manifesta o Reino Milenar. 

Essa perspectiva pode se vista tanto em Mateus 24 e 25 bem como nos capítulos 6 ao 20 de Apocalipse. Aliás essas referências estão relacionadas. Por exemplo: O Evangelho de Mateus 24:28 menciona os abutres, os quais estão relacionados com Ap. 14:20 que fala sobre a extensão de 290 km que corresponde ao Vale do Armagedon que está na Palestina. 

Outro detalhe interessante é que Mateus 24:40-41 fala de quem fica e quem é retirado, cujo significado real é daquele que é salvo para entrar no Reino Milenar. Tanto que o próximo capítulo é Mateus 25 que fala sobre o Reino dos Céus se referindo ao remanescente fiel de Israel.

Sendo assim, a promessa de salvação não é apenas espiritual, mas também terrena e até política. 


(Obs.: Essa fou uma apologia a favor do Dispensacionalismo ministrada pelo prof. Davi Paulinetti).

Viés de Interpretação (Fórum de Escatologia II)

Qual a escola hermenêutica de cada um?

O PRÉ-MILENISMO HISTÓRICO apresenta argumentos históricos, mas também parece trabalhar sob a perspectiva da Escola de Antioquia cujo método de interpretação era literal. 

O diferencial comparado aos DISPENSACIONALISTA é que não vêem o Apocalipse como uma narrativa cronologicamente sequencial. Então não seriam tão literais assim?

Os DISPENSACIONALISTAS são da Escola de interpretação de Antioquia. É a posição mais literal entre elas. Eles traçam um paralelo, especialmente entre Daniel, Mateus e o Apocalipse como uma descrição literal, no sentido de sequência e cronologia bem como na perspectiva de que acontecem exatamente como descritos - sem simbologia numérica ou metafórica. 

Os AMILENISTAS também se utilizam de muitas referências bíblicas, mas propõem uma interpretação literal das Escrituras. Eles são da Escola de Alexandria - são alegóricos e por isso, entendem o Apocalipse como um livro de simbologias. Sempre haverá uma mensagem, mas não necessariamente a que está escrita. 
 
QUAIS AS IMPLICAÇÕES?

Uma diferença muita básica para exemplificar é a diferença entre Israel e Igreja. Os DISPENSACIONALISTA reconhecem essa diferença. Os PRÉ-MILENISTAS HISTÓRICOS, nem AMILENISTAS não tem a mesma posição dos DISPENSACIONALISTAS. 

Desse viés de interpretação surgem as posições diferentes, por exemplo, sobre a Mulher do capítulo 12 de Apocalipse. Para os PRÉ-MILENISTAS DISPENSACIONALISTAS precisa ser necessariamente Israel. 


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Deus é bom, mesmo quando...

Antes de pensarmos na bondade de Deus, faz bem a lembrança de Sua imutabilidade. 

Ele não muda nunca e jamais mudará. O que temos de diferente de um tempo para outro é a sua sábia resposta aos homens.

Se Deus é bom e imutável, a Sua bondade manifesta em amor, graça, misericórdia, poder, sabedoria e soberania, não muda, apesar de nós mesmos, das nossas falhas e pecados, e até de vicissitudes que nos golpeiam impiedosamente. 

Deus é bom na saúde e na doença, Deus é bom no sucesso e no fracasso, Deus é bom na fartura e na escassez. Deus é sempre bom. 

Precisamos denunciar esse espírito maligno, que permeia muitas teologias que sugerem a bondade de Deus apenas no sucesso, na saúde e na prosperidade.

Muito ouvimos "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp. 4.12). Mas, é grande lastima pensarmos que poucos dão atenção ao verso anterior: "Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade".

Quem já leu sobre a vida de quem escreveu, Paulo, as palavras acima, sabe que ele sofreu de uma oftalmia crônica. 

Quais as lutas que você enfrenta hoje? Onde está doendo? 

Há quanto tempo está sofrendo as mesmas agulhadas? 

Não se esqueça: "Deus é bom!" Desfrute dessa bondade que não apenas resolve, mas cuida, com um bálsamo que renova para o enfrentamento. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Única Esperança (Fórum de Escatogia III)

Todas as posições comungam de uma mesma Esperança. Jesus voltará e somente Ele  é quem sustenta a sua Igreja.

A nossa esperança é viva. Todos esperamos pela Segunda Vinda de Jesus. Esta é uma doutrina básica da fé cristã.

Independentemente de qual seja a sua posição escatológica você cultiva a esperança da Segunda Vinda de Jesus:
 
"Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem. Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre." (1 Ts. 4.15-17)

Celebremos juntos a nossa viva esperança, pois antes vivíamos "...sem Deus e sem esperança nesse mundo." (Ef. 2:12)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A Fé que o Evangelho ensina... Qual é a sua?

Quando a minha família se reúne para almoçar abrimos a agenda de oração da Revista das Portas Abertas. Depois que o Thales ou a Jamily leem, oramos. 

O que isso tem provocado em minha cosmovisão? 

A minha mentalidade a respeito da fé tem sofrido alguns choques e mudanças.

Essa semana estava orando por provisão para o conserto do meu carro. Parei ao lembrar-me dos meus irmãos iraquianos que perderam todos os seus bens e alguns até familiares, e se refugiaram na Síria.

O sentimento foi esse: "Enquanto tem gente perdendo a vida (na verdade, sabendo ganhá-la) eu estou aqui preocupado com picuinhas (na verdade, perdendo a vida)."

Automaticamente me veio a pergunta: "Qual é a fé dos Evangelhos e Apóstolos?" 

É a fé que ensina a esperar desse mundo lutas e aflições, pois, o Senhor Jesus afirmou: "No mundo tereis aflições..." (Jo. 16:33)

A fé que precisamos é a aquela que nos aponta para a Segunda Vinda do Senhor Jesus, dá-nos um tapa nas costas e diz: "Siga em frente - acima de todas as circunstâncias. Persevere porque essa vida e as coisas que a ela pertencem são transitórias". 

Por que não ouvimos mais: "Maranata!"? Porque a fé que cultivamos é apenas aquela que nos cercam das bençãos dessa vida.

Talvez por isso, muitos não conseguem sair da lama do pecado em que vivem. Aquela lama do egoísmo, e para o Reino, no máximo uma "ajudinha", e isso para garantir a bênção própria. 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Pra que você precisa de fé? E qual fé?

Quais tipos de fé existem? 

Existe aquele pensamento positivo que não poderíamos qualificar necessariamente de fé. Seria mais uma atitude pessoalmente otimista frente aos desafios da vida.

Também existe aquela atitude prejudicialmente egoísta que, comumente, confundimos com a fé legítima. Qual seria essa atitude? Seria aquela postura aparentemente espiritual que invoca ao Senhor para fins pessoalmente particulares, independentemente da vontade soberana e até revelada do Senhor. 

O que seria então a fé verdadeira? 

Embora ela seja instrumento para benefícios pessoais também, ela não é independente da vontade do Senhor. Antes, porém, ela submissa ao Senhor, a Sua vontade e Palavra.

A fé submissa não faz você murmurar quando as coisas não acontecem do jeito que gostaria. 

A fé submissa entende ser mais importante o final da caminhada do que as pedras que ela traz. 

A fé submissa celebra acima de todas as coisas a esperança por vir, e não as experiências momentâneas. 

A fé submissa leva à adoração independentemente das circunstâncias porque confia - incondicionalmente - no cuidado sempre presente do Senhor. 

Qual a fé que você tem celebrado?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Política não é time de futebol

Eu estou procurando ponderar sobre a História dos nossos governantes. E vejo que eles deveriam responder pelos erros, mas muito dos seus acertos tem a ver com a situação econômica mundial. 

Em parte a Dilma sofre esse mal globalizado, mas entendo que ela herdou e ampliou um assistencialismo perigoso que naturalmente não poderá honrar devidamente por conta da situação econômica vigente. 

Sei também que o PSDB, historicamente, está no outro extremo, do descaso com os menos favorecidos. Acho que Aécio errou junto com o PT quando disse que ampliaria as Bolsas. O alto índice de Bolsas (embora tão útil para quem merece mesmo) é uma estatística que revela fracasso sócio-politico-econômico. 

Por outro lado, precisamos reconhecer que o Plano Real e consequentemente a moeda estável (FHC) foi e tem sido ainda uma bênção para o nosso país. 

E quanto ao Lula tenho muita coisa boa a considerar. A exemplo: vi o Programa Luz para Todos chegar a 6 dias de barco depois de Manaus. Coisas assim precisamos compartilhar e valorizar, no entanto, alguns "companheiros" jogaram lama com últimos escândalos, e sei que o outro lado também tem gente podre. 

Então, o que nos resta? Uma postura não-partidária, o que só é possível quando nós pararmos de tratar a política igual se trata time de futebol. God bless Brazil!