Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



domingo, 23 de novembro de 2014

Saudade da minha infância querida... na Igreja!

"Oh! Que saudade que tenho... da minha infância querida. Que os anos não trazem mais!"
 
Para Casimiro de Abreu (Romantista Brasileiro) eram às sombras das bananeiras, debaixo dos laranjais. Uma leitura da vida nessa vida.
 
Minha leitura agora é um pouquinho outra: Que saudade daquela correria detrás dos carros. Que saudade daquelas histórias doces e cativantes ao som de um "béééé" tão real, que nem parecia a Professora. Que saudade de dormir na hora da pregação sem ser incomodado...
 
O que era a Igreja pra mim? Uma grande diversão e um lugar para aprender boas coisas, e cantar pra um "Deus desconhecido". Mas, era um bom lugar. As crianças como eu tinham o seu espaço.
 
Pena que crescemos e logo perdemos o nosso lugar. A Igreja não soube dar continuidade. Éh! Isso mesmo que costuma acontecer. Os juniores não são notados. E quando os percebem já são adolescentes, e passam mais a serem criticados e não compreendidos. E quando jovens já não mais estão lá!
 
A Igreja precisa ser esse lugar bom para se estar, sempre. Senão será mais uma saudade perdida. Mas se um dia foi bom, há esperança.
 
Quem sabe essa saudade perdida não alimente o coração de esperança? E um dia Aquela que deixou saudades possa abraçar novamente o filho que se perdeu em si mesmo, e deixou o seu lugar.
 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Pregadores forjados no Google?

Eu sou de um tempo em que não havia acesso a internet. Eu escrevia a mão os meus meus esboços. Meus trabalhos de Seminário eram datilografados.
 
Do que tenho saudade? O que era tão bom nessa época?
 
Eu sentava para estudar, pesquisar, sem pressa. Sem a tirania da ansiedade de que tudo tem que funcionar tão rapidamente.
 
Hoje1 aqui estou a teclar. Ainda mais para quem fez o curso de datilografia, tudo se torna ainda mais rápido. A propósito não vejo a hora de terminar isso logo e enviar pra todo  mundo. Misericórdia! "Misericórdia!" não pelo acesso a todos, mas pelo "acesso de pressa".
 
Aquela velha e ultrapassada maneira de viver gerou em mim a necessidade de preparar mensagens assim: 1) Oração até ter convicção de o Senhor me deu o texto bíblico da mensagem; 2) Discernimento da Palavra que o Senhor da Igreja deseja falar a ela; 3) Leitura e compreensão sem acessar qualquer outra opinião; 4) Busca de outros comentários, e de preferência aqueles que se reportam aos textos originais e contextos históricos; 5) Aplicabilidade na minha vida, e depois pra Igreja.
 
Quanto tempo pode levar esse processo?
 
Alguns pregadores estão buscando no Google a sua "unção particular", e de preferência numa internet rápida. E se ela estiver lenta, aí entra a oração. Não a oração intercessória pelo povo, mas que ele não perca mais tempo de espera.
 
E as mensagens prontas?
 
Por que orar? Por que discernir? Por que estudar? Já não está tudo pronto?
 
E quanto a leitura? Culturalmente já temos dificuldade com isso. E agora com o Facebook, WhatsApp...? Quanto tempo fica para a leitura, o estudo e a meditação?
 
Resultado?
 
Pregadores soberbos porque pensam que estão caminhando bem só porque mostra uns slides e povo gosta.
 
Pregadores rasos porque suas raízes não alcançam as águas profundas.
 
Pregadores tolos porque pensam que o Senhor da Igreja se satisfaz com a falta de joelho no chão (demoradamente) e coração prostrado na Palavra (demoradamente).
 
Onde você se encontra hoje? Consegue fazer uso da tecnologia sem comprometer a dependência (trabalhosa) do Senhor?
 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Protestar? O dia 31 de Outubro se dissolveu...

É constrangedor um casal se agarrando em sua frente, e especialmente quando você está com seus filhos? Claro. Qualquer casal. Mas, um dia preferi me afastar dessa cena porque se pedisse um pouco de pudor seria acusado de homofóbico e sofreria agressões por isso.

Por que é tão difícil ser protestante? Aliás, alguém está preocupado em sê-lo? É mais suave sermos "evangélicos". Onde o espírito dos reformadores?

Se alguém alguém deseja falar a verdade, se posicionar, precisar saber que fará inimigos. Por que hoje os inimigos podem ser feitos tão facilmente?

Ontem, domingo de entrevistas da Band, quem estava lá era o filósofo Luiz Felipe Pondé. Ele fez uma afirmação, constatação, que poderia lhe render acusações de xenofobia: "O PT exerce poder nos rincões do nordeste do Brasil a semelhança do coronelismo antigo por causa da vulnerabilidade dessa região".

E o menor infrator? Ele não é criminoso e por isso não comete crimes, ainda que seja assassinato. E os Direitos Humanos? Ele se levanta contra o criminoso em detrimento do policial. Também defende - sempre - a criança em diminuição do magistério. 

Também nada podemos falar contra os exageros do Bolsa Família. Ainda que tenham algumas vantagens e gente que merece. Também nada podemos falar contra o vagabundo que roubou meu dinheiro e me meteu numa dívida, enquanto a sua família está amparada financeiramente por esse ato de "bravura" contra o cidadão de bem. 

O que acontece se nos posicionarmos? Estamos sendo preconceituosos. Nunca podemos denunciar a fraqueza de um povo, de uma raça, de certos movimentos etc.

Brasil, meu Brasil querido, que enobrece a mediocridade e chama de preconceito toda voz que pense diferente dos moldes da libertinagem.

Gente precisamos amadurecer. Quando alguém denuncia a vulnerabilidade de uma região não está deixando de considerar as suas virtudes, e se alguém denuncia os exageros das reivindicações de determinados grupos não está por isso sendo contra o ser humano que decidiu por estilo de vida diferente.

Please, parem de se esconder atrás desse "maquiavelismo barato" que acusa todo mundo de preconceituoso.

Foi dia 31 de Outubro de 1517, o dia da Reforma Protestante, mas o seu espírito atravessou os séculos e ainda está vivo no bom senso e coragem de alguns.