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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Alguns perigos na teologia da missão integral?

Simplesmente adjetivar a missão da Igreja já seria contraditório? Não há missão legítima conforme o Evangelho que não seja integral. Por outro lado, há questões mais delicadas:

O frequente uso dos termos que referendam o marxismo como alienação no lugar de queda, a substituição de redenção por revolução, e de esperança por utopia. 

Outra crítica comum é a necessidade de colocar acessório ao Evangelho, ou seja, o Evangelho só é o poder de Deus se a Igreja fizer isso ou aquilo. Isso é reducionismo.

Há também a deficiência de se olhar apenas para o pobre. Esse recorte demonstra que alguns teólogos da missão integral beberam mais na Teologia da Libertação - que seria mais uma "sociologia teologizada" - que no Pacto de Laussane. 

A Teologia da Libertação tem sua base nas comunidades eclesiais de base da Igreja Católica onde o pobre é o alvo, mas o Pacto de Laussane propõe um diálogo com todas as ciências. O Pacto de Laussane é a defesa de Francis Schaeffer do Evangelho no diálogo inclusive com as Artes, e está embasado em Billy Graham que tinha o Evangelho com suficiente.

Enfim, a Teologia da Missão Integral é uma realidade no Evangelho, no entanto, precisamos cuidar com as suas re-leituras.

Obs.: escrevi baseado na entrevista de Augustus Nicodemos com Jonas Madureira e Filipe Costa Fontes no Centro de Pós-Graduação Mackenzie.

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