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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Fotografar: seleção natural de memória

Acabei de postar no facebook um álbum: "ALGUMAS VIVÊNCIAS QUANDO AINDA ERAM PEQUENININHOS". E, pensei: não há fotos de momentos difíceis. Por que são fotos apenas de festas, passeios, confraternização e momentos que nos fazem sorrir e admirar?

As fotos não podem captar a alma. As festas escondem o coração. Certamente passamos em todos esses anos por momentos difíceis.

Há também uma "seleção natural de memória" de momentos que desejamos reviver. Não queremos fotografar as nossas tragédias - as dos outros sim - porque a foto faz o tempo parar e nos remete ao passado. E se re-lembrar é viver, não queremos reviver situações amargas.

Por outro lado, a foto principal que Deus tirou e dela fez um quadro para exposição foi de uma morte cruel, dolorosa e agonizante:

"...Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?" (Gl. 3.1) "Exposto como crucificado" sugere um quadro, uma imagem, uma "fotografia".

Aliás, a ordem de proclamação da morte do Senhor na Ceia "até que ele venha" (1 Co. 11.26) é para que olhemos com esperança para o futuro com base num sacrifício passado.

Vejo algo didático na Cruz. Os cravos, os espinhos e os pregos da Cruz nos ensinam a viver com esperança.

Não deveria ser assim com outras situações da vida? Não deveríamos nos lembrar de certas tristezas e amarguras para que sejamos estimulados a olhar para o Senhor com esperança no cuidado dele?

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