A revolução digital para a leitura e a escrita, dizem alguns, é tão grande e significativa quanto aquela que provocaram os gregos com o alfabeto.
Sócrates, o filósofo, defendia que a fala escrita desestimularia o dinamismo das palavras, e que escrever as ideias poderia limitá-las. Ele se enganou.
Hoje alguns questionam a escrita e a leitura digital. Temem que desestimule a imaginação. A imaginação ficaria dependente de sons e imagens, pois já há livros digitalizados que trazem sons de tempestades, ruídos etc e imagens dinâmicas. Eles estariam também errados?
Bom. Não há nada de novo, embaixo do céu na terra. Os tabletes remontam os tabletes de argila, antes dos papiros e dos pergaminhos. E a estatização das letras e imagens desses recursos mais antigos não impedia o ouvir de sons e o vir de inúmeras imagens na interioridade de seus leitores.
Outro detalhe radical, talvez muito mais que os outros, é que a era digital promove a leitura social onde há intervenção e comunicação com outros leitores. Já existem livros que trazem grifos de outros leitores e em breve haverá aqueles que permitirão acesso automático e interação com outros leitores, em tempo real da leitura.
Ufa! Onde vamos parar? Só espero que tudo seja usado para ampliar as possibilidades de interação e crescimento. Talvez essas novas tecnologias cooperem no estudo da Bíblia.
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