Sinta-se Em Casa

Entre. Puxe a cadeira. Estique as pernas. Tome um café, e vamos dialogar com a alma.



terça-feira, 31 de julho de 2012

Pragmatismo x Contemplação

Acabei de ouvir uma entrevista na TV Escola com o professor da UERJ Walter Kolhan e ele defendeu que a Filosofia está mais para o Cinema que para o Banco. Vamos ao Banco porque precisamos pagar um conta etc. E ao Cinema vamos porque, porque... enfim, queremos sair de nossa realidade - inconscientemente - e nos deparar com uma outra cosmovisão. Lá nos sentimos livres. Não estamos lá porque temos que... alguma coisa.

Essa visão nada utilitarista da Filosofia me fez pensar nas nossas relações com a Igreja, com os profetas e os sacerdotes. Por que vamos até eles? Por que temos contas a pagar? Por que precisamos de Deus? Por que buscamos a Deus quando precisamos resolver alguma coisa? Por que não nos entregamos a relacionamento, intimidade, adoração?

Tanto a Filosofia quanto a Teologia não são a priori pragmáticas e não deveriam ser utilitaristas, gratuita, fortuita. Elas existem para a contemplação. E quando se permite a contemplação, então assimilamos o verdadeiro sentido das coisas, temos direção, sensibilidade e o nosso mundo pode ser transformado com qualidade.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Gostaria de Um Lugar Tranquilo?

Eu fui criado num bairro muito sossegado. Sempre brinquei na rua e no campinho. O tempo passou. Hoje moro no mesmo bairro e meus filhos já não têm a mesma liberdade. Gostaria de vê-los mais livres. E como se não bastasse nas últimas semanas perdemos três colegas, ainda bem jovens, assassinados. 

Então, pensei: quero mudar para um lugar mais tranquilo. E a partir daí algumas questões :

1) Não há lugar isento de perigos porque o mundo jaz no maligno.

2) Onde for, todos precisam de Deus e eu sou um instrumento de graça em Suas mãos.

3) Posso desejar maior tranquilidade para a minha família.

4) Preciso estar no centro da vontade de Deus.

5) Sou responsável em promover recursos para a realização de qualquer sonho.

6) Há condomínios simples nos arredores.

7) Como as pessoas olhariam essa fuga à tranquilidade.

8) A vontade de Deus deve ser discernida quando há opções e no momento não há.

9) Vou continuar sendo uma bênção onde estiver plantado.

10) Paro agora de escrever a respeito e vou tomar medidas a curto-longo-prazos, com vigilância submissa à Vigilância providencial do Senhor.



sábado, 28 de julho de 2012

Pijaminha Furaco, Mas Gostosinho

Já refletimos sobre os pratos nobres que deveríamos usar em dias comuns. E sobre os pijaminhas furados? As camisetas com propaganda política. Que coisa pobre de espírito! A meia rasgada. Aquelas roupinhas velhas que gostamos de usar. Aliás, nem todos gostam.

O pijaminha furado pode permitir as unhas não cortadas? E os pelinhos que precisam ser rapados? E as roupas que precisam ser lavadas? Os dentes tratados etc.

Na verdade, deveríamos nos respeitar mais. Jogar fora algumas peças íntimas. Re-fazer o guarda-roupa da nossa intimidade bem como a postura pessoal e íntima que segreda comportamentos vergonhosos e que não honram quem está todo dia com a gente.

Queremos ser honrados? Desejamos honrar? Então, vamos trocar aquele pijaminha gostoso, mas todo furado. Tomar banho antes de dormir. Cortar as unhas. Mandar embora o mau hálito. E até colocar perfume e pentear o cabelo para ficar dentro de casa.  

O que teremos? Ambiente agradável. Respeito. Resposta. Abraço gostoso...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Pratos Nobres

"Nós não colocamos os pratos nobres, aqueles ganhados no casamento, para uso porque não nos vemos nobres." (Rubem Alves - citado por César Nunes) 

Só de tempo em tempo desempacotamos o que é nobre para compartilhar com quem julgamos ser nobre.

Não fazemos uso todos os dias porque não valorizamos devidamente quem está a nossa volta. 

Que tal a partir de agora nos vermos como realmente somos, especiais. 

Então, use o melhor para você e sua casa. Faça um jantar especial num dia comum. Vista-se com a melhor roupa e surpreenda quem está perto de você. Pessoas especiais não precisam de datas sazonais do calendário para serem honradas.

Sem Ingenuidades Estúpidas

Sem ingenuidades. Tem coisas que não temos como vencer enfrentando-as. Se quisermos superá-las será necessário fugir e evitá-las a todo custo.

Paulo disse a Timóteo que fugisse das paixões (2 Tm. 2.22), não que as enfrentasse. O próprio Jesus recomendou orar e também vigiar.

Enfim, tem coisas que são muito maiores que nós mesmos. Há desejos que se impõe soberanamente em nossas veias. São muitos os prazeres, mas existem alguns ou talvez uns poucos que se amonstroam sobre nós impiedosamente. Suas garras são profundas e seus abraços malignamente aconchegantes. 

E se não temos condições para vencer estando por perto? O que fazer?

"Não dar sopa". Nem pensar chegar perto. Vou ser mais específico: Temos dois pontos de TV a Cabo em casa. Quando chegou o primeiro liguei e pedi para que tirassem os programas eróticos. O que disseram? Faz parte do pacote. Então pedi para que colocassem uma senha, a qual não sei por sinal (mais uma estratégia de proteção). E quando veio o segundo ponto? Liguei e pedi a mesma limitação. Todo filme ou programa que tenha cena de sexo somos impedidos automaticamente e sem possibilidade de reverter, salvo se pegarmos o telefone, ligarmos e pedirmos a liberação. Esse processo desestimularia qualquer concupiscência. 

Então, não vá lá. Não pare diante daquela situação. Passe longe da página que tanto atrai. Evite o primeiro olhar e o primeiro clique. Melhor é não conversar com aquela pessoa. Deixe de ficar a sós com ele (a). Nem passe perto dessa possibilidade etc. Fica esperto "mané".

Escrito por quem luta para não ser "Manezão".


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Coração de Servo

O que vemos na Cruz? O Salvador de braços abertos. Um coração de quem amou a tal ponto.

Na Cruz o Salvador. Antes dela o Servo que decidiu nos servi rumando para ela (a Cruz). 


E agora, o que podemos ver? O Senhor que requer de nós um coração igual ao Seu.


Somos seus discípulos? Então devemos andar como Ele andou: "servindo".


E o que enxergar nEle antes da Cruz? O Servo. Um coração de quem se sujeitou e se doou para nos limpar os pecados.


Oportunidades Brilhantes e Imerecidas

Resultado de imagem para vasos de barroVoltei no tempo por alguns minutos. Parei e revisitei os lugares por onde passei, pessoas que conheci e oportunidades incríveis: Brasil afora até abraçar irmãos em outros Continentes. Formação acadêmica privilegiada. Gente boa, muito boa mesmo, todos os dias eu falo com elas por onde passo.

Mereço? Não. 

Tenho? Sim.

Bonito até aqui? 

Mas, para que eu não me vanglorie tive e tenho um espinho na carne. Esse espinho está tão arraigado a mim que posso chamá-lo de "eu mesmo". 

Toda essa trajetória linda que está sendo escrita, e todos os dias eu poderia acrescentar boas-novas a essa lista, é acompanhada de severas limitações, falhas, pecados, insensibilidade, frugalidades, idiotices, estupidez etc.

Por quê? Penso que é para que a grandeza das minhas vivências encontre somente a glória de Deus num vaso de barro (2 Co. 4.7), que está sendo sustentando apesar de si mesmo.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Professor e o Profeta

Como teólogo que sou admiro o profeta. Ele desvenda o amanhã, instiga a esperança, dá ânimo ao cansado, descortina o oculto.

E o professor? Ele também desvenda o amanhã, não como uma presságio, mas como uma possibilidade a partir de uma leitura responsável do hoje.

Paulo Freire diz que o profeta prevê o amanhã. Sozinho. Já o professor o constrói junto com os seus alunos. 

Não precisamos escolher entre um e outro. Podemos ver no profeta uma ação pedagógica quando ele corrige e mostra os perigos, e quando abre um leque de esperanças para o futuro. E vemos no professor uma atitude profética porque mostra o melhor caminho para um futuro seguro.

Talvez por isso Paulo Freire, um professor por excelência, diz: "Os profetas são aqueles ou aquelas que se molham de tal forma nas águas da sua cultura e da sua história, da cultura e da história do seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu agora, por isso, podem prever o amanhã que eles, mais do que adivinham, realizam".

Bom ministério professores profetas e profetas professores.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ambiência?

Resultado de imagem para atmosfera agradavelA ambiência está acima do ambiente. O ambiente limita-se as coisas, ao que se vê. Já ambiência é mais amplo: diz respeito não só ao concreto, mas especialmente à atmosfera que envolve o ambiente.

Quanto você tem colaborado para uma ambiência favorável, fértil, propícia àquilo que você  propõe-se a fazer?

O professor precisa - na posição de influenciador - criar um clima agradável e estimulante à aprendizagem. 

Os pais são os primeiros responsáveis em criar um "ninho familiar", onde os filhos gostem de estar. Se nada pode, e eles não se sentem também donos, não terão uma ambiência positiva de lar.

Também deve ser assim na Igreja. Quanto você tem colaborado para que os outros sintam o calor de rebanho e não o incomodo do curral.

Somos capazes de melhorar ou danificar o lugar onde estamos.

domingo, 22 de julho de 2012

Tão Pequeninho e Frágil

Olhar para o Murilo, com apenas dez dias de vida, e pegá-lo peladinho para o banho, só faço isso com os meus, é impressionante. 

O que me impressiona? A fragilidade. Ele é totalmente dependente. Não pode nada sozinho. Depende completamente e sem medo algum. Está entregue aos nossos cuidados.

Não é exatamente assim que deveríamos sentir-nos diante de Deus? O Salmo 103 diz que Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. 

É que crescemos, trabalhamos e tornamo-nos independentes. Pensamos que podemos resolver a vida sozinhos. 

Perdemos o senso de dependência plena e enganamo-nos, e para piorar escolhemos o caminho de nossa própria sabedoria. "Não te estribes no teu próprio entendimento" (Pr. 3.7).

Tal como o Murilo diante de mim, sou eu diante do Pai. E essa consciência leva-me para os pés do Salvador e não pode ser diferente.

sábado, 21 de julho de 2012

Olhares Sobre as Nossas Fraquezas

Resultado de imagem para levar as cargasO que desperta em você as fraquezas dos outros? Uma sensação de alívio porque os outros também erram? Intolerância?

O melhor é-nos identificar com os outros em suas fraquezas. A identificação com as fragilidades alheias desafia-nos à mutua ajuda e cooperação. 

Assim, ao carregarmos as cargas uns dos outros podemos ser aliviados e também suavizar o outro em seus pesares (Gl. 6.2).

Há cargas que dividimos e existe algumas outras que cada um deve assumir por si mesmo (Gl. 6.5). 

Esse senso de responsabilidade pessoal e coletiva, consola-nos e desafia-nos a caminhar acompanhados e estendendo as mãos.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Você Tem Medo do Medo?

O poeta Carlos Drummond de Andrade cantou o medo:

"Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. 
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo 
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas."

Ele na verdade cantou o medo do medo. 

O amor está escondido e o ódio já não existe. O que é real é o medo que esteriliza os abraços, o medo geográfico (dos mares ao deserto), o medo daqueles que deveriam proteger-nos e  amar-nos (soldados e mães), o medo daquela que deveria ser um instrumento de Deus para tirar-nos o medo (a igreja), o medo de que qualquer possibilidade e esperança política (ditadores e democratas), o medo de morrer e do que se sucede a morte, e a única certeza: ser minguado pelo medo.

Não precisa ser assim. O medo cantado assim não procede de Deus. Talvez o poeta tenha feito apenas uma sondagem do que viu, mas nós não precisamos viver com tantos medos e até de ter medo. A esperança, a fé e o amor confrontam o medo. 

A esperança é contrária ao medo porque alimenta e promove vontade do amanhã (sem flores amarelas e medrosas).

A fé é oposta ao medo porque não cogita a possibilita de intimidação.

E "o amor (perfeito) lança fora todo medo" (1 Jo. 4.18) porque quem ama acredita, entrega-se, confia.




segunda-feira, 16 de julho de 2012

Banho de Luz e Caixãozinho Branco

Passamos por um momento de sombras pesadas, uma sensação de trevas angustiantes. O nosso filho Murilo não teve alta junto com a mãe. Ele precisava tomar banho de luz por causa de um leve amarelado, leve em comparação a cor que eu fiquei ao saber que não sairia do hospital conosco. Por quê assustei?

Eu estava sendo incomodado muitas vezes e antes mesmo do parto com uma visão horrível de um caixãozinho branco. Agora você entendeu. E sabe o pior? Isso continuou até agora pouco ao amanhacer e um lindo sol brilhar.

O sol brilhou duas vezes. Um é esse que expulsou a cerração e ganhou a sala do hospital onde estou escrevendo agora. E o outro sol é o "sol nascente". Acabei de ver essa expressão no primeiro capítulo do Evangelho de Lucas (1.78-79). O "sol messiânico"que ainda viria dissipando toda treva.

Foi esse "sol nascente" no poder do Evangelho que arrancou pelas unhas essa visão terrível do caixãozinho branco. Eu não podia falar a respeito porque não sabia se era uma coisa diabólica, carnal ou um despertar divino para a oração e dependência do Senhor.

Então depois de dias de perturbação, medos e momentos angustiantes mesclados a profunda devoção li, agora pouco: "Não tenha medo... sua oração foi ouvida... sua mulher, lhe dará um filho... Ele será motivo de prazer e de alegria para você, e muitos se alegrarão por causa do nascimento dele, pois será grande aos olhos do Senhor". (Lc.1.13-15)

Amanheceram da Noitada de Sexta

"Dormia" no Hospital Mogi Dor e acordei com os gritos de uma mulher que brigava com um homem, na rua ao lado. Vi pela janela que eles subiram a rua correndo, e não muito tempo depois a Polícia atrás - com a sirene ligada. Não quero imaginar o que aconteceu.

Fui tomar um café e encontrei - num frio incomum - gente vestida como em dia de calor. Ainda estavam aquecidos pelos prazeres da madrugada. Vi gente cambaleando e outras sentadas na praça com um olhar solto ao horizonte.

Na Padaria eu pedi um café com leite e um pãozinho com manteiga. Que delícia! Mas, o paladar de duas moças não dizia o mesmo. Elas estavam terminando o que haviam começado sei lá que horas: um copaço de cerveja logo de manhãzinha.

A pintura desse quadro que considero abstrato diante de muitas outras tristezas não mencionadas nos faz imaginar as consequências: gente envelhecendo mais rápido,diminuindo a resistência, adoecendo, tendo que recuperar energia num horário em que ela deveria estar sendo investida em trabalho e família. E os mais nobres sonhos, ludibriados e frustrados.

Que diferença com quem é o templo do Espírito. O que se espera desses é um estilo de vida que poupa energia, saúde e força para as coisas mais nobres.

E então se cumprirá: "Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é justo". (Sl. 92.14-15a)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Eu Assisti ao Parto

O Murilo nasceu dia 12 de Julho. Ontem. E eu que não gosto de ver sangue jamais pensei que veria um parto. Vi. E algumas coisas mudaram dentro de mim.

Como não respeitar uma mãe depois de ver inumeráveis camadas de pele sendo abertas e costuradas? Como não tratar com honra e dedicação esse forte vaso mais frágil?

Como não amar aquele que milagrosamente sobrevive e conquista-lhe com o seu primeiro grande choro?

Minha alma se apegou ainda mais a Mara. Meus filhos agora valem mais. 

Eu testemunhei de perto a fragilidade e a total dependência de um bebê ao vir ao mundo. Já começam lutando e muitos vencem (não foi o caso do parto anterior). E devem seguir lutando por toda a vida, até que possam ouvir o choro forte de suas próprias crias.

Corintiano Cristão Aprende Com a Conquista do Rival

Foi uma surpresa quantos fogos na final da Copa do Brasil. Pensei que tivesse menos palmeirenses e menos ardor. Admitir que houvesse mais barulho que a final da
Libertadores seria pedir muito a um corintiano, mas talvez não ao cristão.

E o sentimento de que ganharam uma copinha qualquer? Mas, quando o Corinthians ganhou a Copa do Brasil foi uma emocionante e grande conquista. O que é isso? Inveja? 

Bem. Preciso ser honesto. Não seria inveja porque já temos três (olha a alfinetada!). Na verdade seria orgulho, falta de respeito e de honestidade. São esses os sentimentos carnais que nos envolvem não só no futebol.

Temos a tendência maligna em menosprezar as conquistas alheias. As nossas sempre são, supostamente, as mais difíceis, as mais valiosas e significativas. É tão complicado a gente  se alegrar com os que se alegram?

Parabéns Palmeiras. Foi uma grande conquista, merecida e invictos.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Uma Pedagoga Indígena

Uma aldeia toda rompeu com os ídolos depois que creu no Evangelho de Jesus Cristo. O "tuchaua" ordenou que toda a aldeia deveria andar na luz. Isso aconteceu lá em Japurá no Amazonas. Um testemunho do missionário Ricardo Borges.

A Prelazia da Igreja Romana transferiu as freiras para a Bahia porque supostamente apoiaram o missionário. Dentre o acordo ficou definido que a Igreja não seria punida mais drasticamente, no entanto, o homem branco (mesmo o Ricardo - negro) não mais pode entrar na comunidade. E agora?

A estratégia é que os indígenas serão discipulados fora e voltarão para lá; os próprios nativos. E outra novidade maravilhosa é que uma moça que faz Pedagogia Indígena poderá entrar para colaborar com a fé cristã.

Não haverá movimento contra-cultural, mas sim ensino para o relacionamento com Deus. Ele usa tudo e todos para buscar seus filhos.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Nossa Bandeira

Cada um tem seu time. É uma rivalidade o tempo todo. Normalmente não se gosta dos argentinos, mas por provocação ou para não se ouvir provocação depois, todos torcem pelo Boca. Quando, no entanto, chega a Copa do Mundo e agora as Olimpíadas todos se unem contra os argentinos. Todos se unem pelo Brasil. Até o jogador detestado e carrasco do outro time se torna admirado de todos. 

Assim também acontece na Igreja. Quantas são. Quantas doutrinas, "jeitão" diferente de ser e de cultuar. Somos muito diferentes embora com a mesma Bíblia. É a velha discussão entre forma e essência (Gene Getz).

Toda essa individualidade é relevada quando o assunto é obra missionária. A obra missionária é a Copa do Mundo das Igrejas. Todas se juntam - não contra as outras nações - a favor de todas elas. As parcerias surgem. Relevamos as esquisitices dos outros. 

E então cumprimos a suprema tarefa "kerigmática" da Igreja: a Proclamação!

sábado, 7 de julho de 2012

Pai, Apesar de Nós

A nossa filhinha fez uma coisa feia. Ela nos desagradou muito. Ficamos sinceramente desapontados. Com isso veio a disciplina. Ela chorou muito. E logo em seguida fomos ao Shopping como eu havia prometido. Até lá nenhuma palavra no carro. Todos estavam "enlutados". Logo depois do lanche ela olhou pra mim e disse: "Papai obrigado". E partir dali nos relacionamos como se nada tivesse acontecido. Eu pai, ela filha.

Lembrei de mim e Deus Pai. Assim que "enluteço" pelos meus pecados espero um castigo, uma disciplina, uma reprovação, um lembrete de que Deus está magoado. E normalmente as coisas continuam bem. Não que Deus não discipline. O que  no entanto ocorre é que Ele perdoa, esquece, renova o Seu amor. E tudo continua bem. Parece que nunca fiz nada. Ele me ama. 

Afinal, o nosso Pai é bondoso não apenas ao nos perdoar, mas também a mostrar-se Pai apesar de nossos pecados, apesar de nós.


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Laços das Paixões

Todos temos muitas paixões. Elas nos afastam da vida plena em Cristo. A vida em abundância fica prejudicada. A nossa intimidade não se intensifica. Deixamos de celebrar a vida com alegria. A tristeza envolve o nosso peito. Dá um aperto no coração e um nó na garganta. As nossas forças fogem. Perdemos a direção. A vida se tumultua. Sentimos Deus tão longe, depois nem mais o sentimos. Então estamos sozinhos e perdidos. Envelhecemos. Murchamos. Enxergamos turvo. O mundo se torna cinzento e sem graça.

Vale a pena continuar pecando?

E se das paixões fugimos?

O sol brilha com força. As nuvens negras são sopradas pra longe. Viver se torna um sorriso. Dá vontade de abraçar. Sabemos para onde vamos. Encontramos companheiros no caminho. Usamos as pedras para construir uma torre forte. Muralha e escudo à nossa volta. Clareza. Lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho. Renovo. Atitude. Alegria. Doação. Conquista. Perdão. Céu azul. Deus junto, dentro e aprovando. Sensação real e realidade sensitiva   de que estamos a caminho e no Caminho.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Jesus e o Crescimento Quantitativo do Reino

O Reino, sob a promessa de Jesus, cresce em dimensões consideráveis. E porque deve crescer até as ações do diabo contribuem para esse crescimento. Mesmo o joio que ele semeia soma na visibilidade (26% da população brasileira), mas o real crescimento ficará claro somente quando os anjos fizerem a separação entre "bons" e os "maus".


terça-feira, 3 de julho de 2012

Até as Epidemias Servem... E as Marchas?


“É provável que a expansão do Cristianismo tenha sido favorecida por um fator inesperado: as epidemias.” (Geoffrey Blainey em “Uma Breve História do Cristianismo”)

O livro destaca os anos 165 a 180 quando a Varíola infestou a Europa e 70 anos mais tarde o sarampo. E milhares de moribundos receberam hospitalidade dos cristãos e isso oportunizou o Evangelho da Graça.

E hoje? Como estamos? Precisamos de nova epidemia para mostrar a nossa cara? Não a “cara pintada” que faz barulho nas marchas, mas o rosto sensível de quem tem compaixão, de quem olha os drogados como gente sufocada na alma, que olha para os mendigos como gente que precisa de Deus, e que vê no rico um mendigo das migalhas que caem da mesa do Pai e não como uma oportunidade de suprir a Igreja.

A nossa sociedade está cheia das epidemias da alma. Cresce o número de gente que sofre de depressão, de gente que tem fobia a tudo, de gente que vive encarcerada pelo medo.

Precisamos, portanto, oferecer uma mensagem relevante. E hoje a mensagem precisa ser Deus no vazio de toda a gente,numa graça que cura.

Até aqui foi um texto escrito em 2012, no Brasil. E a partir deste parágrafo, e de Portugal, eu retomo este texto nestes dias da Pandemia do Coronavírus.

Precisamos reinventar nossa hospitalidade. Como receber os que sofrem?

Não podemos estar encerrados dentro de nossas casas enquanto milhares morrem do lado de fora. 

O que podemos fazer por nossos vizinhos? Ir às compras para os mais vulneráveis? Investir tempo numa chamada telefônica com aqueles que estão muito sozinhos? Voluntariar-se junto ao que o Governo está a fazer? 

Enfim, estamos aqui a viver estes dias difíceis, não apenas para sermos protegidos. O quanto a nossa saúde e condição pode levar alívio aos mais carenciados? 

Os Movimento dos "Caras Pintadas" no Brasil contra o Presidente Collor de Mello lembra-me outros movimentos, inclusivamente a Marcha para Jesus. 

E agora? Onde ficam as Marchas? Temos de marchar na direção daqueles que sofrem. É uma marcha diferente, silenciosa, mas é a marcha que as portas do inferno não podem deter.

O que você pode fazer hoje? Não é hora de estarmos escondidos. Nós temos a mensagem de Esperança, a qual talvez será vista numa mão que socorre e partilha.